Eletrobras voltar� a ser grande investidora em dois anos, diz secret�rio

S�o Paulo, 12 - O secret�rio do minist�rio de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, disse nesta sexta-feira, 12, que a Eletrobras, em dois ou tr�s anos, ser� uma empresa novamente capaz de investir pesado tanto em gera��o quanto em transmiss�o, disputar mercado com a concorr�ncia e entregar resultados positivos.

Ao proferir, durante f�rum de energia, um discurso permeado por cr�ticas a erros cometidos nessa �rea pelo governo Dilma Rousseff (PT), Pedrosa citou a Eletrobras entre os "pacientes" que come�am a dar sinais de melhora de quadro cl�nico no que diz ser uma "agenda de UTI" que tomou conta do setor el�trico.

"O movimento de UTI come�a a dar pouco mais de tranquilidade. Alguns pacientes j� est�o indo para fisioterapia e para a recupera��o", comparou o secret�rio, ap�s lembrar que a Eletrobras acumulou preju�zo de R$ 34 bilh�es nos �ltimos quatro anos.

Segundo Pedrosa, o setor vive momento de ruptura de um modelo antigo que se esgotou com o fim da capacidade do Tesouro em financiar custos. "A conta dos subs�dios no setor el�trico superou a conta que se paga em distribui��o. Todo o custo de distribui��o no Brasil custa menos para os consumidores do que os encargos. Isso tira competitividade e distorce o mercado", ressaltou o secret�rio em evento que reuniu empres�rios e investidores envolvidos com o setor el�trico na zona sul da capital paulista.

Ele afirmou ainda que, "infelizmente, a popula��o ter� que pagar durante muitos anos pelos erros cometidos nas politicas adotadas nesse setor, onde o governo atual pretende dar uma guinada. "N�o h� mais espa�o para forte intervencionismo estatal. N�o h� mais espa�o para solu��es artesanalmente constru�das de forma individual. Isso deu errado."

Pedrosa ressaltou que o governo interino trabalha com o objetivo de "reeinstitucionalizar" o setor de energia, com uma gest�o marcada pela valoriza��o da meritocracia - citando, nesse caso, as indica��es de nomes do mercado para comandar tanto a Eletrobras quanto a Petrobras - e politicas orientadas pela l�gica econ�mica. "N�s nos distanciamos muito da l�gica econ�mica. Ao restaurar essa l�gica, todas as outras coisas se realinhar�o", disse Pedrosa.