Na sexta-feira, 12, o novo presidente da Caixa, Gilberto Occhi, anunciou durante coletiva de imprensa em S�o Paulo que o banco iria emprestar R$ 210 bilh�es no segundo semestre deste ano. A estimativa � de que a carteira de cr�dito cres�a 7,5%. Mesmo com o banco tendo revisado esse n�mero - at� semana passada acreditava que poderia crescer 10% no ano - a Caixa � a �nica entre as quatro grandes institui��es brasileiras que n�o trabalha com a possibilidade de retra��o em 2016.
Esse crescimento pode ser um dos motivos que explique, segundo analistas que preferem se manter no anonimato, a queda da inadimpl�ncia anunciada no segundo trimestre. O �ndice que era de 3,5% em mar�o, ficou em 3,2% em junho. De acordo com esses analistas, quando a carteira aumenta, a inadimpl�ncia � dilu�da j� que n�o h� calotes em empr�stimos novos.
Desde que a Caixa acelerou bruscamente a concess�o de cr�dito, ainda no primeiro governo Dilma Rousseff, quando a carteira crescia a um ritmo de 30% ao ano, especulava-se quando a inadimpl�ncia iria atingir o banco. Em 2011, o �ndice era de 2%. Chegou a 2,8% em junho do ano passado e agora est� em 3,2%. As provis�es para calotes cresceram 53%, chegando a R$ 36 bilh�es em dois anos. A inadimpl�ncia, portanto, est� chegando, segundo analistas.
Esse �ndice de inadimpl�ncia podia ser ainda maior, n�o fosse o fato de o banco ter vendido R$ 24 bilh�es em cr�ditos podres nos �ltimos anos. Cada vez que um cr�dito podre � vendido, o banco reduz a inadimpl�ncia.
Recentemente, o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) exigiu a suspens�o da venda desse tipo de cr�dito pela Caixa pois v� ind�cios de irregularidades. Occhi disse que todas as informa��es exigidas pelo TCU est�o sendo repassadas e acredita que tudo ficar� esclarecido.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.