Com a baixa atividade da economia e queda no volume de neg�cios, as viagens corporativas n�o reagiram em julho, afetando em cheio o resultado dos voos dom�sticos. A expectativa da Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear) � que at� o fim do ano, o setor tenha uma retra��o de 10% impulsionado pelo menor volume de viagens dos brasileiros e pela redu��o no n�mero de aeronaves. Os resultados das companhias a�reas est�o sendo alavancados pelo lazer, j� que com a alta do d�lar os brasileiros est�o optando pelo turismo dentro do pa�s.
Em julho, a demanda por voos dom�sticos registrou queda de 6,49% em rela��o ao mesmo per�odo de 2015, fechando o 12º m�s consecutivo de retra��o. O fluxo total de passageiros no m�s passado teve recuo de 8,48%, na compara��o anual, com quase 8,1 milh�es de viagens. Os dados v�m das estat�sticas operacionais das companhias Avianca, Azul, GOL e Latam, respons�veis por 99% do mercado dom�stico. Em julho, o setor foi liderado pela Gol, com 36,8% de participa��o, seguido pela Latam, 35,61, Azul, 16,4% e Avianca, 11,06%. Nesta semana, o governo deve anunciar o desempenho do setor a�reo nas Olimp�adas. De acordo com a Abear, a planilha dos jogos deve mostrar n�meros melhores que na Copa do Mundo.
No aeroporto de Confins, o fluxo de passageiros dom�sticos, considerando embarques, desembarques e conex�es, teve uma redu��o de 19% em julho, frente igual per�odo do ano passado. J� no primeiro semestre a movimenta��o de passageiros no terminal, considerando os voos dom�sticos e internacionais somou 4,84 milh�es de usu�rios, movimento 13,7% inferior que o mesmo per�odo do ano passado. A BH Airport j� trabalha com mudan�a nessa curva a partir de outubro, j� que h� sinaliza��o para in�cio de uma retomada do fluxo.
O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz comentou com jornalistas que o setor deve registrar uma redu��o de 48 a 51 aeronaves na frota, considerando o movimento das tr�s companhias que j� anunciaram a estrat�gia (Azul, Gol e Latam). O n�mero corresponde a uma diminui��o de cerca de 10% da frota nacional. Ele salientou, por�m, que em caso de recupera��o da demanda, o setor teria as condi��es t�cnicas para ter as aeronaves de volta. “Temos capacidade de nos adequar rapidamente �s mudan�as de mercado”, comentou.
“A avia��o � um setor muito sens�vel ao desempenho da economia”, observa Deusdedit Carlos Reis, especialista em avia��o. Segundo ele, a recupera��o do setor depende da retomada da economia, mas tem potencial para rea��o r�pida por ser estrat�gico. “No pa�s, as condi��es das estradas s�o ruins e as ferrovias muito acanhadas. O setor mais bem estruturado � o a�reo.”
De janeiro a julho, a demanda por voos dom�sticos acumula redu��o de 6,63% em compara��o com igual per�odo de 2015, com diminui��o de 6,22% na oferta e aproveitamento das aeronaves de 80,14%, um recuo de 0,35 ponto percentual.
“Esperamos um f�lego para a avia��o ap�s o pacote de medidas que deve ser anunciado pelo governo em outubro provocando um in�cio de recupera��o da economia”, avalia Pedro Galdi, analista da Upside Investor. Segundo ele, � poss�vel que no pacote estejam medidas que afetem o setor como novas concess�es. “Apesar dos sinais de recupera��o de alguns segmentos da economia, melhores not�cias para a avia��o s� a partir de 2017”.
INTERNACIONAL
As companhias a�reas brasileiras tamb�m registraram baixa no transporte internacional de passageiros em julho. A demanda recuou 4,26% na compara��o com o mesmo m�s do ano passado. Esse � o quinto resultado negativo consecutivo da �rea. A oferta tamb�m apresentou retra��o, caindo 7,71% na base anual, levando o fator de aproveitamento das aeronaves a registrar uma melhora de 3,09 pontos porcentuais em julho, para 86,02%. (Com ag�ncias)
Bem avaliados
Os aeroportos brasileiros alcan�aram nos jogos ol�mpicos resultados melhores que aqueles observados durante a Copa do Mundo. O Minist�rio dos Transporte, Portos e Avia��o Civil divulgou balan�o demonstrando que a pontualidade dos voos atingiu 94,8%, sendo o melhor percentual j� registrado em uma opera��o especial do setor de Avia��o Civil no pa�s. A pesquisa do governo federal foi realizada de 1 a 22 de agosto. Nos nove principais aeroportos monitorados pelo minist�rio durante o evento, o �ndice m�dio de atrasos foi de 5,2%, uma queda de 59% em rela��o � performance dos terminais durante a Copa do Mundo de 2014 (8,8%).
