Em Diamantina, cultivo da sempre-viva � usado para artesanato e gera renda

No munic�pio de Diamantina, a sempre-viva, planta caracter�stica do cerrado, � aproveitada para a produ��o de artesanato por interm�dio de um projeto solid�rio de gera��o de renda, que tamb�m ajuda a preservar algumas esp�cies da planta que estavam amea�adas de extin��o por conta da explora��o predat�ria.

O trabalho � desenvolvido pela Associa��o de Artes�os Sempre Viva, do distrito de Galheiros, que � composto, na grande maioria por mulheres – elas representam 20 dos 29 associados.

Ex-presidente da associa��o, a artes� Ivanete Borges Rocha explica que o projeto deslanchou em 1998, quando uma organiza��o n�o governamental (ONG) da �rea ambiental de Belo Horizonte fez um estudo e constatou que v�rias esp�cies de sempre-viva corriam o s�rio risco de extin��o por conta da retirada da planta de maneira errada.

“Foi iniciado um trabalho, orientando as pessoas sobre como colher as flores de forma sustent�vel, com o manejo correto, sem destruir as esp�cies”, diz Ivanete. Na localidade tamb�m foi iniciado o cultivo da sempre-viva em um terreno de dois hectares, da associa�ao, como forma de incentivar o manejo correto e a preserva��o das plantas.

A colheita da sempre-viva � feita durante v�rios per�odos do ano – depende de cada esp�cie. A planta � usada para a confec��o artesanal de pe�as de abajur, arranjos e, principalmente, para enfeites de Natal. Os produtos s�o comercializados tamb�m em outros estados.

A associa��o do distrito de Diamantina expandiu o seu trabalho com o apoio de v�rios �rg�os ambientais e institui��es como Sebrae, Emater-MG e a M�os de Minas, que estimula e promove a venda de produtos do artesanato mineiro.

Ivanete enfatiza que, com a venda dos trabalhos confeccionados com a sempre-viva, os artes�os de Diamantina melhoraram de vida, compraram eletrodom�sticos e reformaram suas casas. “Tem gente que conseguiu at� carro”, diz Ivanete Rocha. “Com o dinheiro do artesanato, conseguimos uma vida digna. Acho que n�s temos direito a ter as coisas, pois trabalhamos muito. No meu caso, com o dinheiro do artesanato consegui comprar uma casinha na cidade”,comemora a artes�.

“Antes, a gente tinha muita dificuldade. Faltava conhecimento. O que a gente faturava, mal dava para cobrir os custos. Depois do apoio que recebemos de diversos �rg�os e ONGs, as coisas melhoraram muito”, testemunha Ivete Borges da Silva, m�e de dois filhos, irm� de Ivanete e tamb�m participante do projeto. Ela conta que com o dinheiro da venda do artesanato conseguiu construir “uma casinha” e sonha comprar um carro novo.