A Usiminas deu um passo importante para sua reestrutura��o financeira e finalizou as cl�usulas definitivas para renegocia��o de suas d�vidas com seus bancos credores, num total de R$ 6,3 bilh�es. S�o eles: Banco do Brasil, Bradesco, Ita� Unibanco, Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), assim como os bancos japoneses, incluindo o Japan Bank for International Cooperation (JBIC). A assinatura do acordo com os credores dever� ocorrer na segunda-feira, quando vence o prazo do congelamento da d�vida (standstill), que havia sido negociada em mar�o deste ano e prorrogada uma vez.
Um dos pontos cruciais para o acordo � a obriga��o de libera��o de no m�nimo R$ 700 milh�es do caixa da Minera��o Usiminas (Musa) at� o fim de junho de 2017. Se isso n�o ocorrer, o vencimento ser� antecipado e a Usiminas poder� entrar em default. Depois de receber um aporte de R$ 1 bilh�o, a Usiminas viu seu caixa crescer 56% no fim de junho ante mar�o, para R$ 2,713 bilh�es. No entanto, o caixa � ainda 6% inferior ao visto um ano antes. Desse caixa, a Usiminas n�o tem acesso a R$ 1,3 bilh�o, que est� detido em sua controlada Musa.
A Usiminas informou ainda que o acordo estabelece a presta��o de declara��es e garantias, como a imposi��o de outros covenants (cl�usulas contratuais de prote��o) e obriga��es, que tamb�m preveem a antecipa��o do vencimento. Um desses pontos � sobre dividendos. “Neste sentido, a companhia assumiu o compromisso de, at� o pagamento integral dos valores devidos por for�a dos instrumentos definitivos, somente pagar ou distribuir os dividendos que forem exigidos por lei ou por seu Estatuto Social e, em caso de distribui��o de dividendos, efetuar um pagamento do mesmo montante aos credores, como amortiza��o antecipada do saldo a eles devido”, conforme destaca no fato relevante.
Entre os termos est�o o prazo de 10 anos para o pagamento das d�vidas da companhia e o per�odo de car�ncia de tr�s anos para o in�cio do pagamento do principal, item que tamb�m ser� aplicado aos bancos japoneses. Entre as garantias aos bancos brasileiros e debenturistas h� a hipoteca de primeiro grau sobre os laminadores de tiras a quente e a frio da usina de Ipatinga, em Minas Gerais. “A conclus�o desse complexo processo, que vem sendo conduzido ao longo dos �ltimos seis meses, marca um importante passo para a revitaliza��o da Usiminas. Agora, a nossa gest�o estar� completamente voltada para a melhoria dos resultados da empresa”, afirmou o presidente da Usiminas, Sergio Leite de Andrade, em nota distribu�da ontem.
Nas notas explicativas de seu demonstrativo financeiro referente ao segundo trimestre, a Usiminas detalha que de sua d�vida R$ 1,324 bilh�o tem vencimento em 2017, R$ 2,157 bilh�es em 2018, R$ 514,7 milh�es em 2019 e R$ 913,2 milh�es em 2020. A d�vida l�quida da sider�rgica mineira ao fim de junho era de R$ 4,525 bilh�es, queda de 4% sobre um ano antes e de 21% em rela��o ao fim de mar�o, tendo em vista que no segundo trimestre houve aprecia��o do real em rela��o ao d�lar, afetando positivamente a d�vida denominada na moeda estrangeira.
Para Sergio Leite, a renegocia��o da d�vida, juntamente com o aporte de capital dos acionistas, conclu�do em julho, da ordem de R$ 1 bilh�o, demonstra a confian�a dos s�cios e das institui��es financeiras na Usiminas, bem como soluciona o fluxo de caixa da companhia, um dos seus maiores desafios. “A celebra��o dos instrumentos definitivos marca a conclus�o do processo de reestrutura��o financeira da companhia junto aos credores, o qual, na vis�o de sua administra��o, preserva as suas capacidades financeira e operacional, adequando seu perfil de endividamento �s perspectivas de curto, m�dio e longo prazo”, frisa a Usiminas.