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Estado de Minas

Crise faz atacarejo Assa� virar o maior canal de vendas do Grupo P�o de A��car


16/09/2016 07:31

S�o Paulo, 16 - O atacarejo se tornou neste ano o maior canal de vendas do Grupo P�o de A��car (GPA) no varejo de alimentos, com 34% da receita, superando o resultado de supermercados, hipermercados e outros canais. Com 99 lojas abertas e outras nove em constru��o, a rede de atacarejo Assa� � hoje a principal via de expans�o do grupo.

Comprado pelo GPA em 2007, com apenas 14 lojas, a rede vem registrando crescimento expressivo nas vendas nos �ltimos anos. A bandeira fechou 2015 com faturamento de R$ 11,3 bilh�es, uma expans�o de 25% em rela��o ao ano anterior. No primeiro semestre deste ano, as vendas avan�aram ainda mais e somaram R$ 7 bilh�es - alta de 36,6% em rela��o ao mesmo per�odo de 2015.

"O modelo j� era assertivo antes de crise. A taxa de crescimento mostra que h� uma aceita��o do formato das lojas pelo consumidor", disse o presidente do Assa�, Belmiro Gomes.

Segundo ele, as fam�lias que buscam pre�os baixos para abastecer suas casas s�o respons�veis pelo maior n�mero de transa��es, cerca de 80%. Mas, em receita, elas representam entre 40% e 45% das vendas do Assa�. Os maiores compradores s�o os donos de pequenos neg�cios, como restaurantes, lanchonetes e vendedores ambulantes. "Muitos deixaram de comprar da ind�stria para evitar pedidos m�nimos, o que exige mais capital de giro", disse.

Ele tamb�m atribui parte do aumento das vendas � reformula��o do modelo de lojas do Assa�, um projeto iniciado em 2012. O atacarejo tinha um estigma de ser um lugar considerado desagrad�vel para fazer compras. Na reforma das lojas do Assa�, os corredores ficaram mais largos, as prateleiras, mais altas e o piso mudou. "Trouxemos mais conforto para o cliente", diz Gomes.

Pre�o

Al�m dos esfor�os do Assa� em abrir lojas e tornar o espa�o mais atraente para o consumidor, o cen�rio econ�mico "empurrou" o p�blico para o atacarejo. "A migra��o para o atacarejo � a confirma��o da perda de poder aquisitivo pela popula��o brasileira", disse o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar), Claudio Felisoni.

Ele ressalta que o desemprego fez com que muitas pessoas abrissem pequenos neg�cios ou fizessem bicos para sobreviver. "� o fen�meno do food truck. Tudo est� relacionado. Esse p�blico cresce e � um potencial cliente do atacarejo."

O atacarejo � atualmente o formato que oferece pre�o baixo para os clientes. "� um fen�meno brasileiro e foi um formato acidental. Ele preencheu a lacuna deixada pelos hipermercados como um canal de vendas de produto com pre�os baixos", explica Ricardo Pastore, coordenador do N�cleo de Varejo da ESPM.

Para ele, o hipermercado evoluiu e passou a contemplar diferentes produtos na prateleira, deixando de ser um destino para quem busca pagar o m�nimo poss�vel nas compras da casa. "O que ocorreu com o Assa� agora � o mesmo que ocorreu com o Atacad�o, que hoje � a opera��o com o melhor resultado do Carrefour no Brasil", lembrou.

A procura pelo atacarejo mostra que o consumidor prioriza pre�o em rela��o a outros atributos que tamb�m valoriza no varejo, como a conveni�ncia. "Os minimercados s�o opera��es mais convenientes, em regi�es centrais de grandes cidades. J� o atacarejo � um destino de compra", disse Pastore.

A oferta de pre�os baixos no atacarejo s� � poss�vel em uma opera��o de grande escala, explica o presidente do Assa�. "Com um volume maior, conseguimos melhores negocia��es com fornecedores", disse. Ele ressalta que as novas lojas e as unidades reformadas t�m processos log�sticos automatizados, o que gera uma redu��o de custos.


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