S�o Paulo, 26 - Prestes completar dois anos, a briga societ�ria entre os s�cios controladores da Usiminas - Techint/Ternium e Nippon Steel - se mostra longe de um desfecho. Logo ap�s a sider�rgica ter conseguido alongar sua d�vida, ponto crucial para a reestrutura��o da empresa, a Nippon evidenciou a falta de acordo com sua s�cia �talo-argentina e voltou a bater na sua falta de concord�ncia sobre a elei��o de S�rgio Leite para a presid�ncia da Usiminas, no lugar de R�mel de Souza, nome de confian�a da empresa japonesa.
Souza substituiu Julian Eguren em setembro de 2014, quando o at� ent�o presidente da Usiminas foi afastado com outros dois diretores, todos indicados pela Ternium. Desde ent�o, os dois conglomerados sider�rgicos travam brigas, inclusive na esfera judicial.
A posse de Leite, que est� h� 40 anos na Usiminas e que antes ocupava o cargo de vice-presidente comercial, vem sendo questionada pela Nippon na esfera judicial, em um processo que tramita em segredo de Justi�a e que teve pedido de interven��o realizado pela japonesa.
Na semana passada, a Nippon Steel jogou um balde de �gua fria naqueles que achavam que a Usiminas vivia dias mais tranquilos, com uma carta publicada na imprensa.
O texto, que acabou n�o sendo bem recebido pelo mercado, tratava dos feitos de Souza e ainda de Paulo Penido, ex-conselheiro da Usiminas indicado pela Nippon, que faleceu no m�s passado. "Sem a dedica��o e o empenho demonstrados pelos srs. R�mel e Penido, a Usiminas n�o teria conclu�do o refinanciamento das d�vidas, crucial para superar a crise hist�rica que enfrenta", diz a carta, citando um prov�rbio sobre gratid�o.
Uma fonte pr�xima � Nippon Steel disse que a inten��o dessa publica��o foi exaltar a import�ncia de Penido para a trajet�ria da Usiminas.
Em meio ao mal-estar provocado pela carta, o conselheiro da Usiminas Luiz Carlos Miranda, representante dos empregados no colegiado, criticou, em artigo publicado na imprensa em Minas Gerais, o texto da Nippon, em que frisou ainda que a reestrutura��o da d�vida foi trabalho de toda a companhia.
"O que mais queremos nesse momento � a pacifica��o da empresa, para que ela tenha plenas condi��es de se dedicar apenas � gera��o de resultados positivos. (....) � inadmiss�vel que, al�m do terr�vel momento pelo qual passa a ind�stria do a�o no mundo e a degradada situa��o econ�mica e pol�tica no Brasil, a Usiminas tenha ainda que se desvencilhar de conflito sem precedentes entre os acionistas", diz o conselheiro. "A conclus�o do complexo processo de renegocia��o da d�vida, conduzido ao longo de seis meses, representa um marco para a revitaliza��o da empresa, que agora est� completamente focada na melhoria dos resultados", destaca a Usiminas em nota.
Divis�o
Depois de um longo per�odo de briga e sem acordo � vista, a �nica sa�da vislumbrada seria a separa��o da Usiminas, com Nippon Steel ficando com a usina de Ipatinga (MG) e Ternium com a unidade de Cubat�o, na Baixada Santista, que est� com a atividade prim�ria paralisada desde o in�cio do ano. Mas nada foi feito para viabilizar esse div�rcio at� aqui e o assunto est� parado. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
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Controladores da Usiminas est�o longe de acordo
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