Banc�rios rejeitam proposta e greve entra no 24� dia

S�o Paulo, 29 - Com a rejei��o da proposta dos bancos na noite de quarta-feira, 29, a greve dos banc�rios entra no 24� dia nesta quinta-feira. A paralisa��o j� � a segunda maior greve da categoria dos �ltimos anos, atr�s apenas de 2004, quando a paralisa��o chegou a 30 dias.

Os bancos apresentaram ao Comando Nacional da categoria uma proposta v�lida por dois anos: manuten��o do reajuste de 7% para 2016, com abono de R$ 3.500, um aumento de R$ 200 em rela��o � proposta anterior, e aumento de 0,5% acima da infla��o para 2017.

A proposta foi rejeitada. Segundo o sindicato dos Banc�rios de S�o Paulo, Osasco e regi�o, a proposta para 2016 n�o representa ganho real para a categoria e n�o traz avan�os nos pedidos de manuten��o dos empregos, reivindica��es de sa�de e condi��es de trabalho.

"Os bancos perderam a oportunidade de resolver a greve. Conforme dissemos ao final da reuni�o de ter�a-feira, quando a Fenaban (Federa��o Nacional dos Bancos) anunciou a proposta de mudan�a de modelo, s� poder�amos analisar se trouxesse ganhos para os trabalhadores. Como a proposta detalhada nessa quarta ainda imp�e perdas aos banc�rios, o Comando rejeitou e a greve continua", disse a presidente do sindicato, Juvandia Moreira, umas das coordenadoras do Comando.

Na pr�xima segunda feira, 3, haver� uma assembleia �s 17 horas para debater os rumos da paralisa��o.

At� a quarta-feira, 28, 13.254 ag�ncias e 28 centros administrativos estavam com atividades paralisadas, o que representa 57% das locais de trabalho no Pa�s.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando infla��o de 9,31%; participa��o nos lucros e resultados (PLR) de tr�s sal�rios acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do sal�rio m�nimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimenta��o, refei��o, e aux�lio-creche no valor do sal�rio m�nimo nacional (R$ 880). Tamb�m � pedido d�cimo quarto sal�rio, fim das metas abusivas e do ass�dio moral.

Atualmente, os banc�rios recebem um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcion�rios que trabalham no caixa ou tesouraria). A regra b�sica da participa��o nos lucros e resultados � 90% do sal�rio acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro l�quido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a at� R$ 4.043,58. O aux�lio-refei��o � de R$ 29,64 por dia. (Com Ag�ncia Brasil)