Porto Alegre, 30 - O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta sexta-feira, 30, que os n�meros indicam que ainda dever� haver algum agravamento no mercado de trabalho no Brasil. Isso, segundo ele, refor�a a necessidade de avan�ar nas reformas propostas pelo governo, principalmente na �rea fiscal, o que criaria um ambiente prop�cio para a retomada da economia e a gera��o de empregos.
"N�s temos sim que gerar emprego porque, a projetarem-se os n�meros que conhecemos, n�s ainda deveremos ter algum agravamento no desemprego. Portanto temos que retomar imediatamente. E para isso precisamos dessas reformas, que j� est�o precificadas na vis�o dos investidores", disse na capital ga�cha.
Padilha tamb�m afirmou que o governo n�o se desinteressou pela reforma trabalhista, mas percebeu que, neste momento, n�o precisaria tomar a iniciativa, uma vez que os tr�s pontos considerados fundamentais pelo governo - o acordado sobre o legislado, a terceiriza��o e o trabalho intermitente - j� est�o sendo tocados pelo Judici�rio e o Legislativo.
Sobre a terceiriza��o, por exemplo, Padilha disse que est� tramitando tanto no Senado quanto na C�mara um projeto de terceiriza��o em fase final. "N�o tem por que o governo se envolver", falou. "O que de melhor o governo pode fazer neste momento � respeitar a independ�ncia do Judici�rio e do Legislativo", acrescentou, refor�ando que as a��es nesse sentido s�o igualmente importantes para melhorar o cen�rio econ�mico e a gera��o de empregos.
"O governo tem interesse de gerar empregos. N�o vamos esquecer que hoje h� 12 milh�es de brasileiros, 12 milh�es de fam�lias, com um de seus membros ou mais do que um sem emprego", disse, referindo-se aos dados divulgados nesta sexta-feira.
Nesta manh�, o IBGE informou que a taxa de desocupa��o no Brasil ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto de 2016, o maior resultado j� registrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua). A pesquisa aponta 12 milh�es de pessoas desocupadas no Pa�s, popula��o classificada assim por ter procurado emprego sem encontrar.