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Estado de Minas

Inda acredita em novo aumento de pre�os de todas as sider�rgicas at� novembro


postado em 18/10/2016 13:55

S�o Paulo, 18 - Depois de a CSN anunciar um aumento de pre�os de 5% para toda a linha de produtos a partir do in�cio de novembro, o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de A�o (Inda), Carlos Loureiro, acredita que aumentos da mesma ordem por parte de todas as usinas sider�rgicas poder�o ocorrer.

"A �nica que declarou oficialmente � a CSN, mas outras usinas tamb�m est�o mandando sinais de que far�o, possivelmente at� antes, entre os dias 28 e 31", declarou.

A explica��o para a alta, que ser� a quarta do ano, � a disparada dos pre�os do carv�o, o que afeta o custo de produ��o nos alto-fornos. Em outubro deste ano, o pre�o do carv�o no mercado spot na Austr�lia alcan�ou mais de US$ 230 por megatonelada, pre�o FOB, um aumento de cerca de US$ 150 por megatonelada desde os �ltimos repasses aos pre�os no mercado de a�o brasileiro no meio do ano. De acordo com Loureiro, cada tonelada de a�o produzida em alto-forno exige em m�dia 600 quilos de carv�o, o que resulta numa eleva��o de custo de US$ 90 por tonelada no a�o.

"O pre�o do carv�o consumiu o spread que vinha sendo conseguido depois das �ltimas altas de pre�o", diz. "� por isso que n�o tem como n�o haver novos aumentos", ponderou.

O executivo afirma, por�m, que a CSN � a mais exposta a esse efeito porque faz suas compras majoritariamente no mercado spot. Outras usinas, afirma, tendem a sentir um impacto mais gradual dessa alta no pre�o do carv�o porque tem contratos trimestrais. Ainda assim, tamb�m nesses contratos, os pre�os do carv�o j� refletem parte da alta do mercado spot.

A justificativa para a press�o de pre�os do carv�o � a redu��o da oferta e o executivo avalia que uma retomada capaz de reduzir novamente os pre�os n�o deve ser imediata. Com isso, a press�o de custos para as usinas deve permanecer at� o pr�ximo ano.

"S� esperamos que o repasse seja feito de forma igualit�ria a toda a cadeia, incluindo os clientes industriais e n�o apenas os distribuidores", critica.

Importa��o

Apesar da expectativa de aumento de pre�os no mercado dom�stico, Loureiro n�o acredita que haja espa�o para crescimento das importa��es neste ano. Depois de uma eleva��o nas importa��es em setembro ante agosto, impulsionada por embarques de laminados a quente, o executivo acredita que as compras externas n�o devem voltar a ocorrer em grande volume.

Parte da explica��o � o temor dos distribuidores com rela��o a investiga��o feita no Brasil de suposta pr�tica de dumping da R�ssia e da China. "Ningu�m est� querendo trazer agora porque h� o risco de que seja declarado o dumping nos pr�ximos 30 dias", afirma ele, lembrando que isso resultaria em dificuldades para tirar as mercadorias dos portos.

Consumo

Em uma primeira previs�o para o setor sider�rgico brasileiro no pr�ximo ano, Loureiro avaliou que espera crescimento no consumo aparente de a�o da ordem de 5% ante 2016. Embora as proje��es da entidade ainda n�o tenham sido finalizadas, ele avaliou que um crescimento pode ocorrer em 2017, caso haja maior demanda do setor de infraestrutura.

Em 2016 at� setembro, o setor registra uma queda de 20% no consumo aparente na compara��o com 2015, mas a maior parte desse recuo ocorreu nos primeiros meses do ano, durante janeiro e fevereiro. A rede de distribui��o, por sua vez, viu suas vendas ca�rem 5,4%, tamb�m entre janeiro e setembro na compara��o anual, o que Loureiro enxerga como resultado de um ganho de participa��o do canal distribuidor.

Mantido o cen�rio atual da distribui��o, a expectativa � de que 2017 poderia trazer uma retomada de crescimento, da ordem de 7%, nas vendas.

O cen�rio de 2016, por�m, segue nebuloso. Depois de um come�o de ano fraco, o presidente do Inda avaliou que as vendas haviam "parado de piorar" durante os �ltimos cinco meses, mas agora projeta um desempenho mais fraco para outubro.

O Inda acredita que as vendas e as compras da rede de distribui��o em outubro devam cair cerca de 2% ante setembro, depois de terem ficado relativamente est�veis em setembro ante agosto.

Em termos anuais, a expectativa do Inda para o m�s atual representa um recuo de mais de 10% nas vendas, que atingiriam assim 246 mil toneladas. A demanda fraca de setores como autope�as e o de constru��o explicam a proje��o ruim. Apesar disso, a possibilidade de alta de pre�os por parte das usinas em novembro pode acabar estimulando as vendas em outubro, diz Loureiro. "Sempre h� uma venda na tentativa de o comprador se antecipar e evitar a alta", comenta.


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