Desemprego contribuiu para aumento de 6% das microempresas, diz Boa Vista SCPC

S�o Paulo, 28 - A abertura de empresas de janeiro a setembro no Pa�s cresceu 1% sobre igual per�odo do ano passado, segundo levantamento da Boa Vista SCPC. Mas o destaque recaiu sobre as Microempresas Individuais (MEIs), que cresceram 6% na mesma base de compara��o.

Segundo disse nesta sexta-feira, 28, ao Broadcast o economista-chefe da Boa Vista SCPC, Fl�vio Calife, muito deste crescimento de novas empresas, especialmente de porte micro, tem raiz no elevado �ndice de desemprego. Sem perspectivas de voltar ao mercado de trabalho num ambiente econ�mico adverso, os trabalhadores est�o empregando suas verbas rescis�rias no neg�cio pr�prio.

"As MEIs estavam crescendo a 14% no trimestre passado. S�o empresas com faturamento mensal de at� R$ 5 mil ou at� R$ 60 mil anuais", disse o economista. Ou seja, s�o empreendimentos abertos para gerar renda equivalente ao que o empreendedor conseguia quando trabalhava de empregado.

O crescimento das microempresas elevou em 3,5 pontos porcentuais a participa��o desse segmento, totalizando 74,2% das novas empresas, enquanto as demais categorias perderam representatividade.

Em rela��o ao segundo trimestre, no entanto, a abertura total de empresas recuou 2%.

Setores

Quando analisada a composi��o das novas empresas por setores, o levantamento da Boa Vista SCPC observou que o setor de Servi�os registrou ganho de representatividade. No acumulado de 2016, este segmento atingiu 55,9% das novas empresas, ante 54,4% no mesmo per�odo do ano passado. Como Ind�stria e Rural praticamente permaneceram est�veis, o Com�rcio foi quem perdeu espa�o, ao passar de 35,0% para 33,4% do total.

O Sudeste e o Sul foram as regi�es respons�veis pelo crescimento das empresas. No acumulado do ano em compara��o com o mesmo per�odo do ano anterior, registraram alta de 2,8%. As demais regi�es apresentaram queda no per�odo: Nordeste, de 2,5%; Norte , de 3,1% e Centro-Oeste, de 3,4%.

Com isso, Sudeste e Sul apresentaram ganho de representatividade. O Sul passou de 16,6% para 16,7% e o Sudeste aumentou de 50,7% para 51,8%.