S�o Paulo, 05 - As ofertas iniciais de a��es (IPOs, na sigla em ingl�s) devem ocupar um espa�o nobre do mercado financeiro em 2017. O n�mero de companhias que, no momento, se estruturam para a abertura de capital n�o para de crescer: ao menos 20 estariam com os preparativos em ritmo avan�ado e algumas delas j� contrataram os bancos de investimento que ficar�o � frente da opera��o. A aposta no mercado � de que o desenrolar desses IPOs tenha potencial para movimentar mais de US$ 10 bilh�es no ano que vem.
A lista de empresas que pretendem levar a��es para a BM&FBovespa engloba diversos setores: h� a Tenda, em constru��o; Unidas e Movida, de loca��o de ve�culos; Hapvida, NotreDame Interm�dica, Biotoscana e Hermes Pardini, em sa�de; Carrefour, em varejo; Log Commercial Properties, em log�stica; e Tudo Azul, do setor de fidelidade. Bio Ritmo, no segmento de academias, tamb�m � candidata para realizar uma oferta no ano que vem. Ainda nesse grupo est�o o ressegurador IRB Brasil Re e a Caixa Seguridade, que tentam abrir capital desde o ano passado, ainda na esteira da necessidade de receitas pelo governo federal.
Como reflexo desse movimento, o Bradesco BBI j� tem em carteira 12 ofertas sendo estruturadas para o ano que vem, sendo que 11 delas s�o IPOs, conta o diretor gerente do Bradesco BBI, Leandro Miranda. �Estamos muito positivos para 2017. Das ofertas que estamos estruturando, as empresas est�o pensando em investimento org�nico ou via aquisi��es.
Esses casos ainda se beneficiam do novo momento econ�mico�, frisa Miranda. Segundo ele, os setores candidatos est�o, de fato, diversificados, com destaque, salienta, em energia, seguido por sa�de, imobili�rio, financeiro, servi�os, consumo, varejo, concess�es, tecnologia e agroneg�cio. �Essa diversifica��o setorial � muito importante e mostra que esse movimento n�o � algo isolado�, diz o executivo.
O s�cio da �rea de capitais do Mattos Filho, Jean Marcel Arakawa, conta que no escrit�rio o movimento tamb�m est� intenso. Segundo o advogado, as movimenta��es come�aram a crescer desde o re-IPO da Energisa, em julho, que evidenciou elevado apetite por parte dos investidores, incluindo os estrangeiros. �Isso tirou um pouco do receio e foi uma sinaliza��o importante, mostrando que h� investidor interessado.�
A quantidade de empresas candidatas a abrir capital tamb�m � explicada pelo grande represamento ap�s um per�odo em que o mercado brasileiro viu estreitas janelas de oportunidade para um IPO, na esteira de uma prolongada crise pol�tica e econ�mica, explica a s�cia na �rea de Mercado de Capitais do escrit�rio Machado Meyer, Eliana Chimenti. �Estamos vendo um otimismo maior em rela��o a essa retomada do mercado. Vamos ver algumas ofertas entre o final deste ano at� o come�o de fevereiro�, frisa.
IPO ap�s 16 meses
Neste m�s, a Bolsa brasileira foi palco do primeiro IPO do ano, ap�s 16 meses sem nenhuma oferta inicial, com a empresa de diagn�sticos de imagem Alliar, controlada pelo fundo Patria. A oferta movimentou R$ 766 milh�es. Para o diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, essa opera��o demonstra que a confian�a voltou ao mercado de capitais. Prova disso seria a forte presen�a de investidores estrangeiros na oferta, da ordem de 60% do total, segundo dados preliminares.
O executivo acrescenta que 2017 dever� ser o �ano para IPOs� l e h� chances de que, daqui para frente, o Pa�s volte a ter um n�mero m�dio de aberturas de capital pr�ximo ao que se via no passado, de cerca de 25.
Miranda, do BBI, acredita que o n�mero de opera��es para o ano que vem pode ainda ser maior � medida que o Brasil comece a mostrar um crescimento econ�mico concreto. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.