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Estado de Minas

Desemprego e crise na economia deixam 1,5 milh�o sem plano de sa�de

� o n�mero de trabalhadores que foram cortados dos conv�nios m�dicos nos �ltimos 12 meses, com o desemprego e a queda da renda no pa�s. Em Minas, 218 mil pessoas n�o t�m mais cobertura


postado em 24/11/2016 06:00 / atualizado em 24/11/2016 07:49

Depois de perder o trabalho , Elizabeth Ambrósio peregrina por hospitais públicos(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )
Depois de perder o trabalho , Elizabeth Ambr�sio peregrina por hospitais p�blicos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )

O desemprego, um dos �ndices que mais reflete o mal-estar social, est� amea�ando a expans�o dos planos de sa�de, e faz crescer a demanda para o atendimento p�blico (o SUS). Nos �ltimos 12 meses terminados em setembro, 1,5 milh�o de brasileiros deixaram os planos de sa�de, sendo 1 milh�o no Sudeste. Em Minas, a debandada foi de 218 mil pessoas. Os dados divulgados ontem durante o 2º F�rum da Sa�de Suplementar relacionam a sa�da de usu�rios dos planos � deteriora��o do mercado de trabalho, j� que mais de 80% dos conv�nios m�dicos s�o corporativos, com pagamento integral ou parcial pelos empregadores.

Em Minas Gerais, 218 mil usu�rios deixaram os planos m�dicos no per�odo e outros 60 mil cancelaram o conv�nio odontol�gico. A evas�o reflete o crescimento do desemprego nos diversos setores da economia. Em Minas, s�o 1,2 milh�o de desempregados, representados numa taxa de desocupa��o de 11,2% entre julho e setembro, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad) Cont�nua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Em todo o pa�s, est�o sem trabalho 12 milh�es, que pressionam a taxa de 11,8% de desocupa��o, medida no terceiro trimestre.

Como os planos de sa�de n�o s�o uma contrata��o obrigat�ria para as empresas e sim um benef�cio, o produto est� entrando na lista de ajustes principalmente dos micro e pequenos neg�cios que enfrentam o crescimento das despesas e a queda do faturamento. Mais de 580 mil micro e pequenas empresas est�o endividadas no pa�s, acumulando d�bito de R$ 21,3 bilh�es em impostos atrasados.

“As pequenas empresas est�o cortando qualquer custo que n�o seja obrigat�rio e o plano de sa�de entra nesse ajuste”, explica Marco Ant�nio Gaspar, vice-presidente da C�mara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). Segundo ele, os conv�nios m�dicos s�o contratados como um benef�cio para o trabalhador e tamb�m como a��o de combate �s faltas ao trabalho, mas em momento de aperto o benef�cio acaba entrando na lista do que pode ser dispensado. “A tend�ncia � que quando o s resultados melhorarem os planos voltem a ser contratados”, diz Gaspar.

Contratos Familiares


Segundo dados divulgados no Forum da Sa�de Suplementar pela Federa��o Nacional de Sa�de Suplementar (FenaSa�de), com base em n�meros da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS), a retra��o no setor em n�meros de usu�rios foi de 3,1% entre setembro de 2015 e setembro 2016, atingindo 48,3 milh�es de benefici�rios no pa�s. Nesse mesmo per�odo, foram fechados cerca de 1,6 milh�o de postos de trabalho, com decl�nio de 4%, na mesma base de compara��o, com base nas estat�sticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Minist�rio do Trabalho e Previd�ncia.

A queda na renda das fam�lias atingiu tamb�m o mercado de planos individuais e familiares, aqueles que s�o bancados exclusivamente pelas fam�lias, sem participa��o das empresas. Entre os usu�rios que deixaram os conv�nios, 319 mil est�o na modalidade.

Desde que perdeu o emprego em agosto deste ano, e com ele o plano de sa�de que a empresa pagava, a vida da dona de casa Elizabeth Ambr�sio da Silva, de 34 anos, virou uma verdadeira peregrina��o em postos de sa�de e hospitais p�blicos de BH em busca de atendimento m�dico. “Quando eu mais preciso, n�o tenho plano de sa�de. Fiquei ruim de renite e sinusite na sexta-feira passada e n�o consegui atendimento na UPA Centro-Sul. Tive que ir para a UPA Leste da Avenida dos Andradas”, conta Elizabeth.


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