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Estado de Minas

Calote na faixa 1 do 'Minha Casa' chega a quase 30%


postado em 04/12/2016 10:13

S�o Paulo, 04 - "Como os pedidos s� foram diminuindo, quando o celular tocava de manh�, a gente j� sabia que era o banco ligando para cobrar a presta��o da casa", lembra o auxiliar de cozinha Luiz Eduardo Meirelles, de 48 anos, que faz doces para festas desde que foi demitido de uma confeitaria da Grande S�o Paulo, em maio. Ele est� no grupo de mutu�rios da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida - a que recebe o maior subs�dio do governo - que n�o vem conseguindo pagar as presta��es.

Com medo de perder o im�vel, ele conta que vai vender a moto da fam�lia e passar� a fazer as entregas dos doces de bicicleta. "Trabalhar em casa era um sonho antigo que virou falta de op��o, s� que todo mundo est� segurando gastos e fica dif�cil vender. A gente passou da fase dos pequenos cortes. Vamos abrir m�o de parte do patrim�nio para salvar o principal."

A queda na renda e o aumento do desemprego t�m pesado na taxa de inadimpl�ncia dos beneficiados pela faixa 1. O �ndice de atraso superior a tr�s meses bateu em 28% em setembro. No mesmo m�s de 2015, eram 23% com parcelas em aberto h� mais de 90 dias, segundo o Minist�rio das Cidades. � o maior porcentual de atraso desde o agravamento da crise.

Para efeito de compara��o, o �ndice de presta��es atrasadas na carteira de cr�dito que inclui as faixas 2 e 3 do programa, para fam�lias com renda mais elevada, era de cerca de 2,03% no terceiro trimestre deste ano, de acordo com a Caixa.

O cr�dito imobili�rio da faixa 1 do Minha Casa se destina �s fam�lias que t�m renda mensal bruta de at� R$ 1,8 mil. Os pre�os dos im�veis variam de acordo com a localidade e, como at� 90% do valor da casa � custeado com recursos p�blicos, os novos contratantes pagam presta��es mensais a partir de R$ 80.

At� o ano passado, esses n�meros eram mais generosos: a presta��o m�nima paga pelos benefici�rios do programa era de R$ 25 ao m�s. Al�m disso, para toda a faixa 1, cerca de 95% do valor do im�vel era subsidiado.

No Amap� e em Roraima, os Estados com maior porcentual de inadimplentes em setembro, os atrasos nos pagamentos chegam a 41%. Em seguida est�o Par� (40%), Bahia (37%) e Mato Grosso (36%). Distrito Federal, Alagoas e Rond�nia t�m os menores �ndices, com 7%, 11% e 19%, respectivamente. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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