N�mero de franquias econ�micas cresce 45% em quatro anos

S�o Paulo, 13 - Queridinhas dos empreendedores, alvo de desconfian�a por parte dos especialistas, as microfranquias registraram em quatro anos um crescimento de 45% em n�mero de marcas, saindo de 384 unidades em 2013 para 557 no ano passado. Com o resultado, o segmento desponta como a hist�ria boa a ser contada dentro de um ramo que, apesar de apresentar desempenho acima da m�dia geral do varejo, desacelerou o ritmo na compara��o com anos anteriores.

Em 2016, o mercado de franquias como um todo encolheu 1,1% em n�mero de redes. Isso quer dizer, na pr�tica, que 27 empresas ou fecharam as portas ou recompraram suas unidades, abandonando o modelo de franchising. Foi a primeira vez em dez anos que o mercado encolheu em quantidade de marcas.

Os dados s�o de uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 12, pela Associa��o Brasileira de Franchising (ABF), que tamb�m apontou n�meros preliminares sobre o faturamento das empresas em 2016. Juntos, os empreendimentos chegaram a uma receita de R$ 150,7 bilh�es, alta de 8,0% na compara��o com 2015.

Segundo o diretor de intelig�ncia da ABF, Claudio Tieghi, o crescimento das microfranquias e a retra��o das redes que operam no modelo tradicional s�o respostas dadas pelo mercado � recess�o brasileira. "Com a retra��o econ�mica, as empresas de franquia precisaram se expandir com formatos mais otimizados", afirma. Tieghi aponta essa estrat�gia como uma tend�ncia para os pr�ximos anos. "Quando perguntamos para os empres�rios que n�o operam ainda no modelo de microfranquia se eles pretendem investir de alguma forma nessa �rea, 36% disseram que t�m interesse", destaca.

Na pr�tica, parte dos franqueadores hoje avaliam repetir o que fez no ano passado o empres�rio Marcos Mendes, dono da rede de limpeza de carros a seco Acquazero, e a executiva Naiara Correa, da marca de presentes Crazy4Mugs. Mendes � dono h� sete anos de uma franquia tradicional, que pede investimento inicial de at� R$ 150 mil do empreendedor. Preocupado com a queda na procura, ele decidiu lan�ar um modelo econ�mico. Adaptou o equipamento de lavagem de carros para caber dentro de uma mochila e passou a vender contratos de franquia por R$ 4,5 mil. "Fechei 80 contratos em seis meses, mais do que todas as franquias tradicionais em sete anos de opera��o", conta.

J� Naiara � diretora de expans�o de uma rede inaugurada no fim do ano passado. O modelo foi idealizado para se encaixar no formato de franquias de baixo investimento. "A gente estudou o mercado com lojas pr�prias e conclu�mos que se n�o for um quiosque, uma microfranquia, ele n�o se sustentaria no Brasil de hoje", avalia.

Receita

Em termos nominais, descontando-se a infla��o, o desempenho de mercado de franquias em 2016 fica pr�ximo ao que se viu em 2015, quando o setor expandiu o faturamento em 8,3%, por�m em um cen�rio de infla��o de 10,6%, de acordo com o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), bem acima da infla��o de 6,29% registrada em 2016. Para 2017, a ABF projeta que a receita dever� se manter dentro dos patamares dos dois �ltimos anos, com um aumento entre 7,0% a 9,0%. "Teremos um ano de consolida��o no setor", diz Tieghi. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.