S�o Paulo – O grupo japon�s Nippon Steel, principal acionista da sider�rgica Usiminas, ao lado do conglomerado �talo-argentino Ternium/Techint, quer que seja implementada regra de altern�ncia de poder com sua s�cia na empresa mineira. A proposta seria de que uma das companhias indicasse o presidente-executivo, ao passo que a outra fosse respons�vel pela nomea��o do presidente do conselho de administra��o. Depois de determinado prazo, a ser estabelecido, a Nippon e a Ternium, que vivem um conflito judicial desde o fim de 2014, fariam suas indica��es de forma alternada.
“Acreditamos que a principal desaven�a com a Ternium � sobre a falta de consenso na escolha desses dois cargos”, disse o presidente da Nippon Steel no Brasil, Hironobu Nose, em entrevista, ontem, a jornalistas. O acordo de acionistas firmado entre as duas companhias prev� consenso na escolha do presidente-executivo e do presidente do colegiado.
O executivo disse que acredita que essa ser� a melhor f�rmula para que os controladores da Usiminas cheguem, finalmente, a entendimento. Para isso, a Nippon abriria m�o, por exemplo, de fazer a primeira indica��o para a presid�ncia e aceitaria Sergio Leite, vice-presidente Comercial da Usiminas, no posto. Nesse sentido, o atual presidente, R�mel de Souza, seria designado para a presid�ncia do Conselho de Administra��o da empresa. “Acreditamos que R�mel seria o principal nome, mas far�amos essa concess�o”, disse Hironobu Nose.
Segundo o executivo, ainda n�o houve reuni�o formal entre as empresas, mas a Ternium j� teria recusado essa proposta. “Temos uma joint venture igualit�ria na Usiminas”, frisou o executivo. Nose afirmou que seguir� buscando negociar com a Ternium e que h� conversas para que as empresas marquem uma reuni�o formal.
Tendo em vista o fato de a administra��o da sider�rgica ser feita de forma conjunta, Nose afirmou que n�o v� problema em mudan�a na administra��o da Usiminas de forma peri�dica, em raz�o da fragilidade financeira que a empresa vem apresentando. Para ele, os cargos definidos na companhia seguiriam o princ�pio de melhor interesse para a Usiminas.
A Ternium havia proposto, no fim do ano passado, mudan�a no acordo de acionistas da Usiminas com a inclus�o de uma cl�usula de sa�da, ou seja, em caso de desaven�a a empresa que pagasse mais pela fatia do outro s�cio faria a aquisi��o. Nose classificou essa proposta uma “roleta russa”, em preju�zo da sider�rgica.
Caso essa cl�usula fosse ativada, de acordo com Nose, a companhia compradora pagaria mais pelas a��es do que seu valor de mercado, fazendo com que decis�es de curto prazo na Usiminas fossem tomadas para recuperar o valor investido. “Isso poderia levar a um elevado sacrif�cio para a empresa”, disse.