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Estado de Minas

Rolls Royce faz acordo de leni�ncia de R$ 2,6 bilh�es


postado em 18/01/2017 00:25

S�o Paulo, 17 - A empresa brit�nica Rolls-Royce anunciou nesta segunda-feira, 16, em comunicado oficial que fechou acordos de leni�ncia com as autoridades da Inglaterra, dos Estados Unidos e do Brasil, por ter se envolvido em esquemas de pagamentos de propinas e de corrup��o em diferentes mercados internacionais. O acordo total ser� de 671 milh�es de libras esterlinas, o equivalente a cerca de R$ 2,6 bilh�es. O Brasil ficar� com uma parte deste montante, cerca de R$ 81 milh�es.

O acordo deve ser oficialmente anunciado nesta ter�a-feira, 17, pelas autoridades, com detalhes do envolvimento da fabricante de equipamentos em esquemas de corrup��o pelo mundo. A companhia faturou 13,5 bilh�es de libras esterlinas em 2015, ou cerca de R$ 52 bilh�es, e fabrica desde carros de luxo a equipamentos de avia��o, defesa aeroespacial, marina, nuclear e energia.

De acordo com o jornal brit�nico "The Guardian", a empresa teria se envolvido em esquemas de corrup��o em ao menos 12 pa�ses. "Esses acordos est�o relacionados a suborno e corrup��o envolvendo intermedi�rios em diversos mercados no exterior, processo que a Rolls-Royce informou ao SFO (Serious Fraud Office) de 2012 em diante", afirmou a empresa no comunicado desta Segunda.

No Brasil, o nome da Rolls-Royce surgiu pela primeira vez nas investiga��es da Opera��o Lava Jato h� quase dois anos, quando o ex-gerente da Diretoria de Servi�os da Petrobr�s Pedro Barusco citou a companhia em sua dela��o premiada. De acordo com Barusco, a empresa teria pago propina para garantir o fornecimento de turbinas de gera��o de energia para plataformas de petr�leo da estatal brasileira. O contrato foi de US$ 100 milh�es e Barusco faturou US$ 200 mil na ocasi�o, segundo seu relato. O ex-gerente disse, no entanto, n�o se lembrar quem mais teria recebido recursos da Rolls-Royce.

A dela��o de Barusco levou � apura��o do envolvimento do empres�rio Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva, que foi apontado pela Pol�cia Federal como sendo operador da SBM Offshore, Rolls-Royce e Alusa, todas empresas fornecedoras da Petrobr�s, no esquema.

O executivo era s�cio do representante da SBM, Julio Faerman, na empresa Oildrive Consultoria em Energia e Petr�leo e ex-funcion�rio da Asea Brown Boveri (ABB). Os dois, de acordo com as investiga��es, eram conhecidos como "Batman" e "Robin" e ambos fizeram dela��o premiada. � Pol�cia Federal, Silva disse que a Oildrive prestou consultoria em favor da Rolls-Royce e que os servi�os foram efetivamente prestados.

Venezuela

Outra investiga��o envolvendo a Rolls-Royce que veio a p�blico diz respeito � suspeita de pagamentos de propinas � estatal venezuelana Petr�leos Venezuela (PDVSA). A Justi�a americana suspeita de que um esquema de corrup��o no pa�s possa ter desviado cerca de US$ 11 bilh�es.

A empresa n�o deu detalhes sobre os casos em que esteve envolvida. Foram divulgados apenas os valores que devem ser pagos. Segundo o comunicado da companhia, al�m dos R$ 80 milh�es ao Brasil, o valor acertado com o Departamento de Justi�a dos Estados Unidos foi de US$ 170 milh�es, ou cerca de R$ 550 milh�es.

A maior parte do valor, cerca de 500 milh�es de libras esterlinas, ou quase R$ 2 bilh�es, est� relacionada ao acordo firmado pela companhia com a UK Serious Fraud Office, �rg�o antifraude do governo brit�nico.

Outras empresas

Este � o terceiro acordo em cerca de um m�s que � firmado pelas autoridades americanas e que envolvem as investiga��es da Opera��o Lava Jato. Em dezembro, Odebrecht e Braskem tamb�m anunciaram acordo de leni�ncia, que envolve o pagamento de cerca de R$ 6,7 bilh�es.

De acordo com advogados que atuam nos Estados Unidos, existe uma certa pressa do Departamento de Justi�a americano em fechar algumas negocia��es em fun��o da mudan�a de presidente no pa�s.

Nesta sexta-feira, 20, Donald Trump assume e existe a expectativa de que haja uma mudan�a nas diretrizes de atua��o do �rg�o. Trump chegou a declarar durante as elei��es que a lei anticorrup��o americana era severa demais com as empresas. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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