S�o Paulo, 18 - A Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe) reduziu a proje��o para o �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) de janeiro, de alta de 0,62% para 0,52%. O principal motivo para a revis�o � a expectativa de modera��o nos pre�os dos alimentos nas pr�ximas semanas e de energia el�trica, disse o gerente t�cnico da Fipe, Moacir Mokem Yabiku.
O grupo Habita��o, de maior peso no IPC, deve sofrer influ�ncia relevante da redu��o de 17,49% na taxa de luz na cidade de S�o Paulo (chamada de Contribui��o para Custeio da Ilumina��o P�blica/Cosip) este m�s, avaliou. "Al�m de contar com os efeitos de queda na tarifa de PIS/Cofins", completou.
J� no �ndice da segunda quadrissemana, quando o IPC foi de 0,69% (ante 0,75%), energia el�trica teve uma alta menor, de 0,11%, ap�s 1,54% na primeira medi��o. "Para o fim de janeiro, o item deve ter varia��o negativa de 2,73% e aliviar o IPC em 0,10 ponto porcentual, j� que energia tem peso relevante. Ainda deve ficar um res�duo para fevereiro", estimou.
Com rela��o ao grupo de alimentos, a despeito da acelera��o para 0,63% na segunda quadrissemana do m�s, ante 0,46%, ele adiantou que j� h� sinais de arrefecimento nos pre�os de alguns itens aliment�cios. "Alguns produtos que est�o subindo tendem a diminuir a alta ou at� cair", adiantou, ao esperar 0,70% para o grupo Alimenta��o. "Pode ser at� que caia mais, indo para o n�vel de janeiro de 2012 (0,50%)", completou. Em dezembro, o IPC-Fipe foi de 0,72%.
Yabiku citou o �leo de soja, que ficou 10,64% mais caro na segunda leitura do m�s, mas que j� est� diminuindo a velocidade de alta. "Essa taxa deve ser o �pice", estimou. O resultado ajudou a impulsionar o segmento de alimentos industrializados para 1,05%, ap�s 0,91% na primeira leitura do m�s.
O gerente de pesquisa da Fipe tamb�m espera que a press�o de alta dos pre�os de alguns legumes (de 1,82% para 5,25%), caso da cenoura que encareceu 19,08% na segunda medi��o (ante 9,99%). "Legumes tiveram avan�o forte por causa da cenoura, mas a tend�ncia � de desacelera��o", afirmou.
Com exce��o de frutas, cuja taxa passou de 0,23% para 0,06% na segunda leitura do m�s, todos os componentes do segmento de in natura (de 0,52% para 1,29%) ajudaram a pressionar nesta medi��o. Os tub�rculos sa�ram de queda de 3,36% para recuo de 1,85%, enquanto as verduras subiram menos, por�m ficaram elevadas em 2,45% (ante 3,10%).
Apesar da suspens�o do reajuste de quase 15% nas tarifas de �nibus metr�/trem recentemente, o IPC da segunda leitura captou uma parte do aumento, com o item integra��o registrando alta de 1,32%, ap�s taxa zero na primeira leitura. "Refletiu dois dias de aumento, mas agora ter� al�vio", disse. Ele tamb�m espera arrefecimento nos pre�os da gasolina, � medida que v�o passando os efeitos do reajuste em dezembro, ainda que o etanol continue pressionado.
Em contrapartida, o grupo Educa��o deve seguir trajet�ria de acelera��o, refletindo os reajustes em mensalidades e material escolar neste per�odo. Na segunda quadrissemana, o grupo atingiu 2,66% ap�s 0,99% na primeira medi��o. Todos os componentes avan�aram consideravelmente de uma leitura para outra: cursos regulares (de 1,15% para 3,34%); educa��o infantil (de 1,26% para 3,96%); ensino m�dio (de 1,74% para 3,85%); ensino superior (de 1,29% para 3,20%); p�s-gradu��o/MBA (de 2,31% para 4,27%).