Desemprego na Grande SP em 2016 tem maior n�vel desde 2005, dizem Seade e Dieese

S�o Paulo, 27 - A taxa de desemprego total na Regi�o Metropolitana de S�o Paulo (RMSP) atingiu 16,8% na m�dia de 2016, o maior n�vel desde 2005 (16,9%), segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada nesta sexta-feira, 27, pela Funda��o Seade e pelo Dieese. Em dezembro, a taxa ficou em 16,2%, abaixo dos 16,8% em novembro, mas bem acima dos 13,9% em dezembro de 2015.

No ano passado, a taxa de desemprego aberto ficou em 14,0% (ante 10,9% em 2015). J� o chamado desemprego oculto atingiu 2,8% (de 2,3% um ano antes). Desemprego aberto � quando a pessoa procurou trabalho de maneira efetiva nos �ltimos 30 dias. J� o oculto pode ser por trabalho prec�rio, quando n�o h� perspectiva de continuidade e previsibilidade, ou por desalento, quando a pessoa deixou de procurar trabalho em fun��o das circunst�ncias ruins do mercado. Nessa categoria, o desemprego oculto pelo trabalho prec�rio variou de 1,7% em 2015 para 2,3% em 2016, e o desemprego oculto pelo desalento passou de 0,5% para 0,6%, respectivamente.

O contingente de desempregados ficou em 1,865 milh�o de pessoas em 2016, ante 1,463 milh�o no ano anterior. J� o n�mero de ocupados recuou 4,0%, para 9,237 milh�es. "A elimina��o de 384 mil postos de trabalho, associada � relativa estabilidade da popula��o economicamente ativa (PEA) da regi�o (18 mil pessoas se integraram � for�a de trabalho, ou 0,2%), resultou no acr�scimo do contingente de desempregados em 402 mil pessoas", explica a pesquisa.

Do total de 9,237 milh�es de ocupados, 6,484 milh�es s�o assalariados, sendo 5,736 milh�es no setor privado e 739 mil no setor p�blico. Outros 1,496 milh�o s�o aut�nomos; 277 mil empregadores; 619 mil empregados dom�sticos; e 361 ocupados em demais posi��es, que incluem donos de neg�cio familiar, trabalhadores familiares sem remunera��o, profissionais liberais e outras posi��es ocupacionais.

Setores

Na divis�o por setores, a maior queda no n�mero de ocupados ocorreu na ind�stria de transforma��o, com baixa de 10,6%, passando a empregar 1,376 milh�o de pessoas ao fim do ano passado. Na Constru��o houve redu��o de 9,4%, para 619 mil empregados. No Com�rcio e Repara��o de Ve�culos Automotores, a baixa foi de 5,1%, para 1,626 milh�o de empregados. E em Servi�os houve retra��o de 1,5%, para 5,496 milh�es de ocupados.

Rendimentos

Em 2016, o rendimento m�dio real dos ocupados caiu 4,9%, para R$ 2.003. A massa de rendimentos reais encolheu 8,7%, prejudica pela queda no n�mero absoluto de ocupados e pela redu��o nos rendimentos reais.

"A distribui��o dos rendimentos do trabalho, ainda muito concentrada, manteve a

leve tend�ncia de desconcentra��o verificada desde 2005. Em 2016, os 50% dos ocupados com menor renda apropriaram-se de 24,8% da massa de rendimentos do trabalho, porcentual pouco superior ao registrado em 2015 (24,1%), enquanto reduziu-se a parcela apropriada pelos 10% mais ricos (de 33,9% em 2015 para 33,5% em 2016)", diz a pesquisa.