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Estado de Minas

Gastos com juros do cart�o de cr�dito podem cair pela metade com novas regras

Taxas para quem n�o paga a totalidade da fatura chegavam a 15,33% at� dezembro. Para o cr�dito parcelado, a taxa m�dia estava em 8%


postado em 28/01/2017 11:25

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

A economia do consumidor com a nova regra que limita a utiliza��o do rotativo do cart�o de cr�dito poder� chegar a quase 50% em 12 meses. Essa � a diferen�a que o cliente deixar� de pagar ao migrar dos juros mais caros do cr�dito rotativo para as taxas mais baixas do cr�dito parcelado.


A partir de abril, as administradoras de cart�o de cr�dito n�o poder�o mais financiar o saldo devedor dos clientes por meio do cr�dito rotativo por mais de um m�s, conforme decis�o do Conselho Monet�rio Nacional (CMN) tomada na �ltima quinta-feira (26).


De acordo com o levantamento mais recente da Associa��o Nacional dos Executivos de Finan�as (Anefac), os juros m�dios do cr�dito rotativo – cobrado de quem n�o paga a totalidade da fatura do cart�o de cr�dito – chegavam a 15,33% ao m�s no fim de dezembro. Para o cr�dito parcelado, a taxa m�dia estava em 8% ao m�s.


A diferen�a � maior quanto mais longo o tempo dos financiamentos. Uma d�vida de R$ 1 mil na fatura do cart�o sobe para R$ 1.534 no cr�dito rotativo ao fim de tr�s meses. Com a nova regra, pela qual a taxa mais alta – de 15,33% ao m�s – incide nos primeiros 30 dias e a taxa de 8% ao m�s incide nos dois meses restantes, a d�vida aumenta para R$ 1.345,20, diferen�a de 12,3%.


Ao final de 12 meses, a disparidade � ainda maior. Uma d�vida de R$ 1 mil na fatura chegar� a R$ 5.537,42 ao fim do per�odo no sistema atual, financiada por meio do cr�dito rotativo. Pela nova regra, a mesma d�vida seria corrigida para R$ 2.689,07, diferen�a de 51,4%.


O c�lculo leva em conta as taxas m�dias de juros cobradas no fim de dezembro. A economia efetiva pode variar porque os bancos personalizam as taxas para cada consumidor no rotativo e no cr�dito parcelado. Os juros finais podem variar em fun��o do hist�rico e da capacidade de pagamento do cliente.

 

Inadimpl�ncia


Ao anunciar as novas regras na �ltima quinta-feira, o diretor de Regula��o do Banco Central, Ot�vio Damaso, explicou que as altas taxas de juros no cr�dito rotativo est�o relacionadas � elevada inadimpl�ncia nessa modalidade. Segundo a autoridade monet�ria, a inadimpl�ncia no rotativo do cart�o de cr�dito estava em 37% para as pessoas f�sicas e em 59% para as empresas no fim de dezembro.


Em rela��o ao cr�dito parcelado, a inadimpl�ncia � bem menor: 1,1% para as pessoas f�sicas e 2,3% para as empresas. “Hoje, uma vez em que o cliente entra no rotativo, n�o sabe quando vai pagar o saldo devedor. Isso cria uma incerteza que n�o existe no cr�dito parcelado, que permite �s institui��es adotarem um fluxo de caixa esperado das parcelas que v�o entrar, dando maior previsibilidade e resultado em juros menores”, declarou o diretor do BC.


A limita��o para o uso do cr�dito rotativo havia sido anunciada em dezembro pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como parte das medidas de reformas microecon�micas. Na ocasi�o, o ministro anunciou a inten��o do governo de reduzir, de 30 para dois dias, o prazo de pagamento das administradoras de cart�o aos lojistas. A medida, segundo as administradoras, prejudicaria as pequenas empresas de cart�es e favoreceria os grandes bancos.

 


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