Meta de infla��o nos pr�ximos anos � estudada, diz Meirelles

S�o Paulo, 01 - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira, 1, que a meta de infla��o dos pr�ximos anos ser� definida pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN) em junho e que o governo espera a proposta que deve ser feita pelo Banco Central. Na ter�a-feira, 31, o presidente da autoridade monet�ria, Ilan Goldfajn, comentou que a tend�ncia no longo prazo � o Brasil caminhar para uma meta mais parecida com outros pa�ses emergentes, em torno de 3%.

"Essa quest�o da nova meta j� est� dando controv�rsia e eu prefiro n�o falar muito nisso. Uma pessoa s� falando j� gerou muito mal entendido, imagina duas", afirmou ao chegar para um evento do Credit Suisse. Mesmo assim, ele ressaltou n�o haver d�vidas de que a tend�ncia da infla��o no Brasil num prazo maior � de queda. "O BC est� fazendo um bom trabalho e problemas como a expans�o fiscal, a seguran�a jur�dica, est�o sendo endere�ados. A tend�ncia de longo prazo � de queda do juro estrutural e tamb�m da infla��o."

Meirelles esclareceu que o novo conjunto de a��es microecon�micas no qual o governo trabalha visa, entre outros objetivos, a reduzir a burocracia das empresas, bem como o tempo gasto por elas na gest�o de compromissos tribut�rios. Meirelles disse que um dos projetos pretende encurtar para tr�s dias o prazo para abertura de empresas em S�o Paulo, que hoje leva, na m�dia, 101 dias.

Em outra iniciativa, o governo quer que o tempo consumido nas empresas para pagamento de impostos seja de apenas um quarto das atuais 2,6 mil horas de trabalho por ano.

Meirelles informou que o governo conta com a assessoria e a "experi�ncia internacional" de t�cnicos do Banco Mundial na elabora��o das medidas microecon�micas, que, junto com as reformas estruturais no campo macroecon�mico, ter�o impacto importante na redu��o do Custo Brasil.

"Acredito que teremos taxas de crescimento bem superiores do que temos hoje", afirmou. "Tudo isso � parte do que estamos trabalhando para construir um novo Brasil, um Brasil eficiente", acrescentou o ministro.

Meirelles afirmou que, superada a recess�o, o importante � trabalhar para um aumento consistente do potencial de crescimento do Brasil. Ele mencionou que alguns economistas citam que o PIB potencial estaria entre 1,5% e 2,5% e que � dif�cil calcular isso, mas o fato � que deve ter ocorrido uma queda substancial nos �ltimos anos.

Meirelles apontou que, no Brasil, os ciclos econ�micos t�m sido muito fortes e que, com o encaminhamento de quest�es estruturais, como por exemplo o descontrole fiscal, deve haver uma maior estabilidade econ�mica.

O ministro comentou que os indicadores antecedentes de dezembro, como fluxo em estradas pedagiadas e produ��o de papel�o ondulado, geram uma expectativa positiva para a atividade neste in�cio de ano. Meirelles tamb�m pontuou que a confian�a de empresas e fam�lias voltou a subir. Juntamente com a desacelera��o da infla��o, esse movimento deve acelerar o processo de desalavancagem e permitir a retomada do consumo e da produ��o.