O cen�rio positivo, no entanto, � visto com cautela pelos especialistas, que consideram necess�rio aguardar os resultados dos pr�ximos meses para avaliar se a ind�stria est� iniciando um momento de recupera��o. No �ndice acumulado de 2016, o setor industrial em Minas recuou 6,2% frente a 2015.
“� cedo para falar em recupera��o. Vamos esperar os pr�ximos indicadores econ�micos de 2017 para ver como ser� a rea��o frente aos incentivos que est�o sendo dados, como a redu��o da taxa de juros e a libera��o dos recursos das contas inativas do FGTS”, avalia Cl�udia Pinelli, supervisora de pesquisas econ�micas do IBGE em Minas Gerais. Ela lembra que em junho e julho do ano passado a produ��o industrial tamb�m registrou aumento, mas registrou grandes quedas ao longo do segundo semestre.
Segundo Cl�udia Pinelli, entre novembro e dezembro as produ��es nas �reas extrativas – principalmente o item min�rio de ferro – e automobil�sticas foram as que mais impulsionaram o setor industrial em Minas. “A recupera��o do pre�o do min�rio tem um grande impacto nas ind�strias extrativas e o aumento da produ��o puxa os n�meros do estado”, ressaltou a supervisora do IBGE. O �rg�o n�o divulga mensalmente a varia��o de cada �rea da ind�stria.
J� em compara��o com dezembro de 2015, a ind�stria mineira registrou expans�o de 2,2%, sendo que sete das 13 atividades pesquisadas apontaram avan�o na produ��o. A ind�stria mineral cresceu 15,3% e teve um peso significativo para a economia do estado. Outros avan�os importantes foram observados nos ramos de ve�culos automotores, reboques e carrocerias, com aumento de 6,3%; de produtos t�xteis, 29%; e de produtos derivados do petr�leo e biocombust�veis, 2%. Por outro lado, o setor de produtos aliment�cios teve queda de 6,2% e o de metalurgia registrou retra��o de 5,6%, exercendo as principais influ�ncias negativas na ind�stria mineira.
Ano ruim para a maioria dos estados
Entre os estados pesquisados pelo IBGE, o Cear� foi o que teve o maior crescimento em sua produ��o, com avan�o de 12,4%. O segundo foi do Rio Grande do Sul, 6,3%, seguido do Esp�rito Santo, com 5,1%, e Santa Catarina, 3,6%. Os estados com as maiores retra��es foram Amazonas, (2%) e S�o Paulo (1,5%). O Rio de Janeiro e o Par� tamb�m terminaram o ano com n�meros negativos na ind�stria, com quedas de 0,9% e 0,7%, respectivamente.
O balan�o completo de 2016, no entanto, � ruim para quase todos os estados. Em compara��o com 2015, a redu��o na produ��o industrial alcan�ou 14 dos 15 estados pesquisados. Os piores resultados foram registrados no Esp�rito Santo, com queda de 18,8%, e no Amazonas, 10,8%.
No Rio, com perda de 4,1%, j� s�o cinco anos sem crescimento do setor industrial. A �ltima taxa positiva da produ��o foi alcan�ada em 2011: 1,3%. “Em cinco anos sem crescimento, a ind�stria do Rio diminuiu 19%. Nesse per�odo, as perdas mais importantes foram do setor metal�rgico, derivados de petr�leo e biocombust�veis, e ve�culos”, informou Rodrigo Lobo, analista da Coordena��o de Ind�stria do IBGE.
“O rompimento da barragem de Mariana (MG), no fim de 2015, fez com que tombasse a extra��o de min�rio de ferro no Esp�rito Santo e tamb�m em Minas Gerais, prejudicando o desempenho da ind�stria desses locais”, lembrou Lobo.
Na dire��o oposta, o �nico resultado positivo do ano foi justamente impulsionado pela extra��o de min�rio de ferro, o do Par�, onde a ind�stria cresceu 9,5%. “No Par�, o resultado � consequ�ncia do crescimento da produ��o interna e tamb�m aumento do pre�o do min�rio no mercado internacional, que fez com que aumentasse a exporta��o. Em tr�s anos, (a ind�stria do) o Par� cresce 22,5%”, completou o analista do IBGE.