S�o Paulo, 21 - O programa habitacional Minha Casa Minha Vida precisa de mudan�as qualitativas, afirmou o ministro das Cidades, Bruno Ara�jo. Depois da quita��o de d�vidas com construtoras e do recente an�ncio de reajuste nas faixas de renda, ampliando o acesso da nova classe m�dia, o programa dever� dar um salto na quest�o de ocupa��o territorial, a fim de ser tornar "mais urbano e mais humano", afirmou o ministro
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"Agora que n�o temos mais cobrador batendo na porta de casa, precisamos, al�m de suprir a quest�o do d�ficit habitacional - atualmente na casa dos 6 milh�es -, pensar nos aspectos paisag�sticos e urban�sticos, pois muitos desses empreendimentos ficam marginalizados dentro do munic�pio", disse nesta segunda-feira, 20, o ministro, em semin�rio na Funda��o Fernando Henrique Cardoso, no centro de S�o Paulo.
Segundo ele, entre os benefici�rios do programa, as principais reclama��es est�o relacionadas � falta de seguran�a e dif�cil acesso a transporte e pontos de com�rcio. "H� ainda muitos casos de roubo e vandalismo durante as obras, e uma das formas de reduzir isso � limitar os ambientes dos conjuntos habitacionais do programa", afirmou Ara�jo. O ministro mencionou ainda que pretende apostar em parcerias com outros �rg�os e minist�rios para melhorar a efici�ncia do programa e rever os par�metros de governan�a e transpar�ncia.
Para este ano, est� prevista a entrega de 610 mil unidades: 170 mil na faixa 1, 40 mil na faixa 1,5 e 400 mil nas faixas 2 e 3.
Outras apostas do governo na �rea da habita��o para 2017 s�o o Cart�o Reforma, linha de cr�dito para a reforma de casas em condi��es prec�rias, e a regulariza��o fundi�ria, por meio da medida provis�ria 759, que ele chamou de "revolu��o silenciosa".
A professora da Universidade Federal do ABC Rosana Denaldi, que tamb�m participou da mesa no evento, afirmou que a regulariza��o fundi�ria e o chamado "direito de laje" ainda carecem de muito debate. "H� v�rios munic�pios descontentes por n�o terem participado da discuss�o. � um marco muito importante para ser discutido por meio de MP sem um amplo debate com a sociedade", ponderou.
Ela, juntamente com a diretora de Planejamento da CDHU, do Estado de S�o Paulo, Elisabete Fran�a, atentaram para a necessidade de atrair fomento tamb�m para as favelas. "� preciso aprimorar programas habitacionais, mas sem esquecer da urbaniza��o das favelas e de investimento em saneamento b�sico, j� que 100 milh�es de brasileiros seguem sem esgoto no Pa�s." As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.