Bras�lia, 07 - O presidente da comiss�o especial que debate a Reforma da Previd�ncia, deputado Carlos Marun (PMDB-DF), afirmou nesta ter�a-feira, 7, que a instala��o de uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) neste momento � uma iniciativa "casu�stica".
Para ele, mesmo que a oposi��o consiga reunir as assinaturas necess�rias para dar in�cio a CPI, o movimento n�o deve interferir na aprova��o das mudan�as nas regras da aposentadoria dos brasileiros.
"Eu penso que esta CPI, neste momento, � casu�stica. Se a CPI da Previd�ncia acontecer, eu at� posso apoi�-la, mas n�o vejo nela condi��es de interferir nesse processo que estamos discutindo, que � a quest�o de modernizar a Previd�ncia brasileira e adequ�-la a um novo Brasil onde as pessoas vivem mais", disse.
Nesta ter�a-feira, em uma a��o casada com os senadores, a oposi��o na C�mara come�ou a coletar as 171 assinaturas necess�rias para instalar a comiss�o. No requerimento de instala��o, o l�der do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), pede a investiga��o da contabilidade da Previd�ncia Social e o esclarecimento das receitas e despesas do sistema.
Na justificativa, o petista argumenta que, como est� em tramita��o uma Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) para reformar o sistema previdenci�rio, � "imprescind�vel" conhecer a situa��o da Previd�ncia para que os parlamentares possam construir uma legisla��o justa.
Zarattini destaca que h� diverg�ncias sobre a exist�ncia de d�ficit ou super�vit na Previd�ncia. "Toda a discuss�o gira em torno da contabilidade da Previd�ncia Social, sobre quais despesas e receitas devem ser consideradas, al�m de se levar em conta tamb�m receitas perdidas com desonera��es, desvincula��o ou sonega��o", diz o parlamentar.
No Senado, a oposi��o est� mobilizada para abrir uma comiss�o para investigar o mesmo tema. At� ontem foram arregimentadas 29 assinaturas para cria��o da CPI dois apoios a mais do que o regimento exige para que seja instalada a comiss�o.