Bras�lia, 28 - Coordenados pelo l�der da bancada, Renan Calheiros (PMDB-AL), nove senadores do PMDB assinaram uma carta que recomenda que o presidente Michel Temer n�o sancione a lei de terceiriza��o, como aprovada pela C�mara na semana passada.
Os senadores representam 41% da bancada do partido do presidente no Senado. "N�s recomendamos que, por enquanto, o presidente n�o sancione essa lei. Porque ele vai assumir a responsabilidade definitiva do agravamento do desemprego, da precariza��o das rela��es do trabalho e, pior, da queda na arrecada��o e do aumento de impostos, que s�o consequ�ncias diretas", afirmou Renan Calheiros.
Renan defendeu que a proposta aprovada na C�mara vai precarizar e retroceder nas rela��es de trabalho e atropelar as conquistas que foram feitas ao longo dos anos. "Da forma como est�, a terceiriza��o ser� o 'boia-fria.com'", ironizou. A carta assinada pelos senadores defende a regulamenta��o da terceiriza��o j� existente, mas se posiciona contrariamente � terceiriza��o irrestrita, ou seja, da atividade fim.
O texto diz ainda que a lei prejudica a perspectiva de aprova��o da reforma da Previd�ncia. Os peemedebistas que assinaram a carta foram Marta Suplicy (SP), K�tia Abreu (TO), Eduardo Braga (AM), Elmano F�rrer (PI), Rose de Freitas (ES), H�lio Jos� (DF), Renan Calheiros (AL), Waldemir Moka (MS) e Simone Tebet (MS), que escreveu que concorda com o conte�do, mas fez ressalva � forma do texto. Renan argumentou ainda que a bancada n�o estava completa na reuni�o e que esses senadores representam a maioria dos presentes.
Previd�ncia
Renan aproveitou ainda para fazer cr�ticas � reforma da Previd�ncia. "Essa reforma da Previd�ncia � muito exagerada e muito ruim do ponto de vista federativo. Ela esmaga algumas regi�es, trata igual o desigual", disse. Segundo o senador, a lei n�o � sens�vel para as diferen�as regionais da for�a de trabalho. Ele pondera, por exemplo, que a eleva��o da idade m�nima de aposentadoria no Nordeste, onde existem mais trabalhadores manuais e rurais, � desigual. "Vai morrer sem se aposentar", disse.