Bras�lia, 28 - Respons�vel pela articula��o do governo com o Congresso, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, admitiu que a reforma trabalhista deixou alguns aliados insatisfeitos, que o governo ter� que fazer "os necess�rios ajustes" para evitar uma contamina��o na base que amplie a dificuldade em torno da reforma da Previd�ncia e que � preciso "tirar a laranja podre do cesto". "Teve uma romaria, j� vinha tendo esse tipo de inquieta��o, mas a partir da vota��o do trabalho aumentou", disse ao Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real do Grupo Estado. "H� parlamentares da base que est�o inconformados com a conduta de seus parceiros", completou.
Segundo Imbassahy, o governo vai atender �s solicita��es "dentro da an�lise e interpreta��o". "O que nos interessa � ter o voto (na reforma da Previd�ncia), mas tamb�m n�o d� pra conviver com situa��o que parlamentares que t�m posi��es no governo, cargos, aten��o que o presidente dispensa, e n�o contar com o voto", completou. "N�o podemos arriscar ter menos de 308 por uma contamina��o da base. Nem pensar. Temos que tirar a laranja podre do cesto", ressaltou.
O ministro reconheceu ainda que hoje o governo n�o tem os votos suficientes para a aprova��o da reforma da Previd�ncia, mas se mostrou otimista em rela��o � vit�ria. "Hoje n�o temos o n�mero porque o texto n�o � totalmente conhecido de todos, e n�o � s� dos congressistas, � da popula��o tamb�m", afirmou.
Para Imbassahy, o placar de 296 votos na trabalhista serviu como uma "tomografia" que ajuda a entender o comportamento dos parlamentares, mas que n�o d� para contabilizar que esses votos j� est�o garantidos para a reforma da Previd�ncia.
O ministro evitou arriscar um placar no caso da Previd�ncia, argumentando que "no dia da vota��o ai ter muita emo��o", mas disse estar otimista. "A maior possibilidade do futuro � a maior ocorr�ncia do passado, a gente vai vencer, porque o governo est� vencendo todas, a gente vai vencer porque temos a causa e se ela for bem explicada vai ser votado e at� com folga."
Para Imbassahy, as modifica��es no texto inicial, "que fazem parte da democracia", ampliaram as chances de aprova��o. "O texto inicial era muito dif�cil de ser votado", disse. "Agora temos que fazer trabalho intenso, n�o � apenas dentro do Congresso, porque � projeto de grande repercuss�o na vida dos brasileiros, em respeito � popula��o tem que se levar conhecimento de cada um", disse.
Em rela��o a um prov�vel atraso na tramita��o da proposta, o ministro disse que "n�o tem data definida, marcada", mas que acredita que ainda no primeiro semestre o texto estar� no Senado e que como o relator Arthur Maia e o pr�prio presidente Michel temer j� est�o articulando com os senadores a tramita��o na casa pode ser mais r�pida. "N�o se pode atropelar o procedimento na casa revisora, que � o Senado, mas h� a contribui��o dos senadores dentro das modifica��es introduzidas no parecer do Arthur", disse.
Imbassahy minimizou as criticas feitas pelo l�der do PMDB no Senado, Renan Calheiros, de que o a reforma trabalhista como passou pela C�mara n�o passar� no Senado. "Pelo que a gente ouve, ele n�o est� vocalizando o pensamento majorit�rio do partido que ele lidera", afirmou.