
A Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg) lan�ou ontem o programa Perspectivas de Desenvolvimento Socioecon�mico do Norte de Minas, focado em solu��es de log�stica, infraestrutura, meio ambiente e desenvolvimento social consideradas fundamentais para a ind�stria da regi�o. O plano oferece respostas para gargalos que impactam negativamente no desenvolvimento local, entre elas a proposta de duplica��o da BR-251, trecho de 300 quil�metros entre Montes Claros e a Rio-Bahia (BR 116).
Segundo levantamento da Pol�cia Rodovi�ria Federal, a rodovia tem movimento di�rio 11 mil ve�culos, com um grande tr�fego de caminh�es e carretas que viajam entre o Sul/Sudeste e o Nordeste. Outra proposta � da constru��o de uma ponte sobre o Rio S�o Francisco, na rodovia MG 402, entre os munic�pios de Pint�polis e S�o Francisco, para facilitar a liga��o entre Brasilia e o Norte de Minas.
Ao lan�ar o plano da Fiemg, o presidente da entidade, Olavo Machado J�nior, destacou a necessidade de reativa��o do escrit�rio da Superintend�ncia do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em Minas Gerais. “Aqui reunimos todas as condi��es necess�rias para que os incentivos da Sudene possam ser mais bem aproveitados por todo o Norte de Minas, pelos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri e por alguns munic�pios do Alto Parana�ba”, afirmou.
A bandeira � encampada por toda a ind�stria mineira, de acordo com Machado J�nior, e possibilitar� que entraves burocr�ticos sejam eliminados, ampliando o acesso de empreendedores e investidores aos incentivos fiscais do �rg�o federal. A �rea mineira da Sudene conta com 168 munic�pios que, hoje, s�o respons�veis por somente 4% das contrata��es de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, o FNE – o chamado “dinheiro mais barato do Brasil.”
LAVA-JATO A continuidade das investiga��es dos desvios de grandes cifras de recursos p�blicos pela Opera��o Lava-Jato foi defendida ontem pelo presidente da Fiemg. No entanto, ele ponderou que o trabalho dos federais n�o pode travar o desenvolvimento do pa�s. Segundo ele, “apesar da Lava-Jato”, as pessoas n�o podem parar de trabalhar. Olavo Machado chegou a falar que “estamos em um pa�s que, as vezes, transformam delatores em her�is” e que “os culpados devem pagar pelas suas culpas, mas o desenvolvimento tem que continuar”.
Por outro lado, Machado ressaltou que o crescimento econ�mico n�o pode sofrer nenhum tipo de interrup�ao. “N�o podemos por conta disso (revela��es da Laja-Jato), nos dar ao luxo de parar para ca�ar culpados e fazer com todos sofram muito mais do que o necess�rio. Temos que ter compet�ncia para para fazer o desenvolvimento e temos tamb�m que lembrar que daqueles que nos levaram a uma situa��o tao dif�cil – eles tamb�m v�o pagar pelas suas culpas dentro do que a Justi�a determinar”, disse.