Bras�lia, 07 - O presidente Michel Temer se prepara para a principal batalha na reforma da Previd�ncia: a aprova��o da proposta no plen�rio da C�mara dos Deputados, com o apoio de pelo menos 308 deputados. O governo ainda n�o tem esses votos, mas j� tra�ou os movimentos que far� daqui para a frente para conquistar a vantagem necess�ria. Para isso, o Pal�cio do Planalto vai partir para o �vale-tudo� na articula��o pol�tica, lan�ando m�o de agrados � base aliada, al�m de melhorar a estrat�gia de comunica��o.
As concess�es no texto, por�m, est�o no limite, na avalia��o do governo. A ordem agora � barrar movimentos de novas categorias que tentem obter direito a aposentadoria especial, como os guardas municipais. A margem de negocia��o no plen�rio prev� a inclus�o dos agentes penitenci�rios na regra que permite idade m�nima menor, de 55 anos, e a revis�o das exig�ncias para que servidores p�blicos que ingressaram at� 2003 se aposentem com sal�rio integral. Os dois pontos devem ser aprovados separadamente, em vota��o dos chamados destaques.
O governo pretende ainda melhorar a comunica��o com os parlamentares e a popula��o ao longo da semana, depois de reconhecer que enfrenta problemas na �rea. Segundo um interlocutor da �rea pol�tica, a previs�o � veicular propagandas em defesa da reforma em cerca de 4 mil r�dios de todo o Brasil que possuem cadastro na Secretaria de Comunica��o da Presid�ncia. Uma nova cartilha ser� distribu�da aos deputados, explicando as mudan�as ponto a ponto. Para evitar confus�o, o documento trar� apenas as novas regras segundo o texto aprovado na comiss�o especial, sem incluir como � hoje.
Agrados
Integrantes da base tamb�m come�am nesta semana a montar um mapa de votos. O trabalho ser� coordenado pelo deputado Beto Mansur (PRB-SP) e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. A ideia � identificar a posi��o de cada deputado para saber com quem � preciso negociar. O governo s� vai colocar a reforma em vota��o no plen�rio quando contabilizar mais de 320 votos favor�veis.
Dificuldade
O Placar da Previd�ncia feito pelo Grupo Estado j� mostra que o desafio ser� grande. At� a noite de sexta-feira, havia 232 votos �n�o�, contra 87 votos a favor. Com esse cen�rio, o governo sabe que ter� de atuar firme no campo pol�tico, com libera��o de recursos de emendas parlamentares, nomea��o de cargos para aliados e atendimento a demandas que v�o al�m da reforma, como o parcelamento de d�vidas previdenci�rias do setor rural.
As mudan�as no texto feitas em plen�rio integram a a��o de convencimento dos deputados, que se viram pressionados por categorias como ju�zes e procuradores por altera��es na transi��o dos servidores. No dia da aprova��o do texto na comiss�o especial, o relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse que � preciso deixar os parlamentares �mais confort�veis� para votar. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.