S�o Paulo, 26 - Uma nova rodada de medidas protecionistas a ser tomada pelos Estados Unidos deve colocar a Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) em uma "saia justa" em rela��o ao a�o, na avalia��o do banco de investimentos Brown Brothers Harriman (BBH). A medida estudada pelo governo de Donald Trump pode respingar no Brasil, que � um dos cinco maiores exportadores de a�o para o pa�s.
Desde a campanha eleitoral, o presidente americano, Donald Trump, ressaltou que deseja fazer com que as obras no pa�s sejam feitas com a�o americano e, ao assumir o comando da Casa Branca, assinou um decreto que ordena uma revis�o sobre as importa��es de a�o dos EUA. No fim deste m�s, esse estudo ser� entregue pelo secret�rio do Com�rcio, Wilbur Ross, deixando a quest�o sobre como a ind�stria sider�rgica dos EUA ser� protegida pelo governo Trump. "Esse setor j� � altamente protegido e o pre�o do a�o americano � mais alto do que os pre�os mundiais", segundo o BBH.
Em relat�rio a clientes, o banco mostra que, em 2016, os EUA importaram a�o de 110 pa�ses e territ�rios e as cinco na��es que mais exportaram a�o para os americanos foram Canad�, Brasil, Coreia do Sul, M�xico e Turquia.
De acordo com o BBH, a imposi��o de uma nova rodada de protecionismo por parte do governo Trump "criar� um perigoso dilema, que avaliar� a resili�ncia do regime de com�rcio internacional". Para o banco, se a decis�o da OMC for contr�ria aos EUA, o governo Trump pode optar por ignorar a decis�o, como j� amea�ou fazer. "Isso desafiaria a autoridade institucional da OMC, colocando o sistema multilateral, que os EUA ajudaram a construir, em risco."
"Alternativamente, caso as regras da OMC sejam a favor dos EUA, isso provavelmente estimularia outros pa�ses a imitar o protecionismo americano e estimular uma nova forma de com�rcio, enfraquecendo os ideais e pr�ticas de livre com�rcio", comenta o BBH.
(Victor Rezende)
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Protecionismo dos EUA sobre o a�o deve colocar OMC em 'saia justa', diz BBH
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