Bras�lia, 20 - O presidente Michel Temer indicou a sindicalistas que apoia a ado��o de uma nova "contribui��o por negocia��o coletiva" a ser paga pelos empregados no lugar do atual imposto sindical derrubado pela reforma trabalhista. A nova forma de financiamento dos sindicatos n�o ser� imposta aos trabalhadores, mas a tend�ncia � que seja paga por todos que se beneficiem dos acordos coletivos. Sindicatos debater�o detalhes do novo modelo nas pr�ximas semanas.
Ap�s reuni�o com o presidente Michel Temer nesta quinta-feira, 20, o secret�rio-geral da For�a Sindical, Jo�o Carlos Gon�alves, demonstrou satisfa��o com o sinal de apoio do governo � ado��o de uma nova contribui��o n�o obrigat�ria para os trabalhadores. "J� que a ideia � fortalecer a negocia��o coletiva, tratamos de uma contribui��o por negocia��o coletiva. Ela n�o ser� obrigat�ria e ter� as condi��es decididas em assembleia entre os sindicalizados e n�o sindicalizados", disse o representante da For�a.
No novo modelo, trabalhadores sindicalizados ou n�o ser�o convocados para as assembleias que decidem, por exemplo, o reajuste anual de sal�rios. Nessa reuni�o, tamb�m ser� debatida a pr�pria forma de contribui��o ao sindicato que lidera essa negocia��o.
Um dos modelos citados pelos sindicalistas � a antiga contribui��o assistencial - derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para n�o sindicalizados - que poderia retirar entre 6% e 8% de um sal�rio mensal em troca do suporte dado pelo sindicato ao trabalhador.
O novo modelo ser� tema de debate entre v�rias centrais sindicais na pr�xima semana em S�o Paulo. Gon�alves disse que o presidente Michel Temer tamb�m reafirmou a promessa de que editar� medida provis�ria para ajustar alguns pontos da reforma trabalhista.
Entre os itens a serem alterados, Temer citou o contrato intermitente, trabalho insalubre para gr�vidas e lactantes, jornada de 12 x 36h, presen�a do sindicato na homologa��o da sa�da do empregado - al�m de salvaguardas ao trabalho terceirizado e aut�nomo.
O secret�rio da For�a disse que o governo e as pr�prias entidades sindicais n�o t�m pressa na edi��o da MP que ajustar� a reforma trabalhista e regulamentar� a nova contribui��o. "A reforma s� vale a partir de novembro. Ent�o, temos tempo e vai dar para costurar com o Congresso essas mudan�as. N�o � necess�ria tanta pressa", avaliou.
(Fernando Nakagawa e T�nia Monteiro)