
"Certamente (o aumento pesa no bolso do consumidor), mas, por outro lado, pesa no bolso do cidad�o quando o juro � mais caro, quando em fun��o do d�ficit publico a infla��o � maior", disse o ministro ao desembarcar em Mendoza, na Argentina, onde ocorre reuni�o de c�pula do Mercosul.
Meirelles destacou que, al�m da alta do tributo, o governo anunciou um corte adicional de gastos. "N�o � s� aumentar impostos. Os gastos p�blicos estavam muito comprimidos e se cortou ainda mais." Ao ser questionado se haver� novos aumentos de impostos, respondeu: "No momento, � suficiente".
Segundo o ministro, o momento para aumentar o tributo era o ideal porque "a infla��o est� reagindo muito bem, caindo bastante", e a medida n�o deve prejudicar a retomada da economia.
"A nossa expectativa � que isso vai consolidar a trajet�ria do crescimento, exatamente porque vai manter o n�vel de confian�a, manter o n�vel de confian�a no ajuste fiscal, n�vel de confian�a na economia", afirmou.
Meirelles reiterou ainda que as mudan�as no texto da medida provis�ria 783, que instituiu o Novo Refis (programa de parcelamento de d�bitos tribut�rios) e previa arrecada��o de R$ 13,3 bilh�es em 2017, geraram frustra��o e incertezas que contribu�ram para a decis�o de elevar o PIS/Cofins.
"Uma raz�o importante � devido �s mudan�as muito fortes no projeto do Refis, diminuindo bastante a arrecada��o prevista e gerando muita incerteza sobre qual ela ser� de fato. Muitas empresas adiaram ou n�o se inscreveram no programa de ades�o at� agora", afirmou.
Segundo ele, com essa incerteza criou-se a necessidade de receitas adicionais. "Al�m do mais existe a quest�o que n�s estamos de fato ainda enfrentando os efeitos da recess�o de 2015, 2016, mas os efeitos fiscais est�o ocorrendo este ano", declarou.
Meirelles destacou que a primeira rea��o dos agentes econ�micos � medida foi positiva e mostra que o importante "� manter o equil�brio fiscal e, em consequ�ncia, manter o emprego".
O ministro destacou ainda que o Pa�s registrou tr�s meses seguidos de uma cria��o l�quida positiva de emprego depois de tr�s anos e que acredita que o desemprego vai cair no segundo semestre. "Para isso � muito importante manter o ajuste", frisou.
Questionado se o emprego n�o pode ter um impacto do efeito da sazonalidade de postos criados pelo agroneg�cio, que tendem a diminuir nos pr�ximos meses, Meirelles afirmou que, mesmo depois da dessazonaliza��o, "o crescimento do emprego ainda � positivo". "Est� se disseminando o crescimento (do emprego) em outros setores da economia."