S�o Paulo, 21 - A expans�o da banda larga no Brasil apresenta, atualmente, um ritmo aqu�m do que poderia ser, avalia o CEO da Telef�nica Vivo, Eduardo Navarro de Carvalho. O executivo apontou como justificativa o fato de a carga tribut�ria e a regulamenta��o serem excessivos, o que acaba reduzindo o retorno sobre os investimentos, mesmo com a crescente demanda da popula��o.
"Estudos indicam que, entre os dez pa�ses com maior volume de acessos � internet, o Brasil � o primeiro em carga tribut�ria, com 43,9%. � mais do que o dobro da R�ssia, que fica em segundo lugar com 18%", afirmou Navarro, durante semin�rio organizado pela Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp).
Em rela��o aos acessos, entretanto, o Pa�s ocupa a quinta coloca��o em n�meros absolutos. Para o executivo, o peso dos tributos sobre os pre�os finais explica porque servi�os de telecomunica��o no Brasil s�o caros em compara��o a outros pa�ses.
"N�o estamos pedindo, neste momento, uma redu��o da carga tribut�ria. Pedimos apenas que a carga n�o seja elevada ainda mais." Segundo ele, essa possibilidade "bateu na trave" nesta quinta-feira, 20, quando o governo optou pelo aumento da PIS e do Cofins sobre combust�veis.
Uma alternativa para acelerar o ritmo de expans�o, na avalia��o do vice-presidente de Estrat�gia e Inova��o da Tim Brasil, Lu�s Minoru, � que as empresas compartilhem a infraestrutura. "Esse seria um modelo muito saud�vel para o setor. Talvez seja a melhor forma de levar infraestrutura a lugares remotos, al�m de favorecer a competi��o", comentou.
A principal dificuldade para que a infraestrutura seja expandida no Pa�s, segundo Minoru, � a falta de previsibilidade, com "instabilidade radical em curto prazo". "Mesmo assim, continuamos consolidando o setor, tentando reduzir custos", disse.
Outro exemplo citado pelo executivo, corroborando com a avalia��o de alta carga tribut�ria, pode ser verificado no pre�o da internet m�vel. "Em um real por dia pago pelo servi�o de internet, metade disso � destinado ao pagamento de tributos", disse.
(Caio Rinaldi e Circe Bonatelli)