Rio de Janeiro, 03 - A petroleira OGX, maior empresa do Grupo X e estopim da derrocada financeira de Eike Batista, teve sua recupera��o judicial encerrada ontem pela Justi�a do Rio. A senten�a d� fim a um processo que se arrastou por quase quatro anos e envolveu a reestrutura��o de uma d�vida de R$ 13,8 bilh�es. Apesar disso, a empresa segue com situa��o operacional delicada e luta para sobreviver. O projeto agora inclui a busca de um parceiro estrat�gico e a venda de parte de sua fatia de 40% no bloco BS-4, na Bacia de Santos. "Sozinhos n�o vamos conseguir sobreviver", disse o presidente da OGX, Paulo Narc�lio.
Para o executivo, o fim do processo abre portas para negocia��es com investidores e fornecedores. "A OGX deixa de ter o carimbo horroroso da recupera��o judicial e passa a ter planos de uma empresa normal, que busca atrair investimentos."
No primeiro trimestre, a OGX amargou preju�zo de R$ 55 milh�es. Embora tenha equacionado quase todo o passivo da recupera��o judicial, a empresa ainda tem uma d�vida de R$ 230 milh�es. A OGX ter� de pagar US$ 54 milh�es (R$ 170 milh�es) pela desconex�o de uma plataforma em Tubar�o Martelo. Resta tamb�m d�vida de R$ 60 milh�es com o cons�rcio detentor do BS-4.
Para quitar o d�bito, uma das possibilidades � vender parte da fatia de 40%. Segundo Narc�lio, h� quatro grupos interessados. A companhia pretende manter Tubar�o Martelo, �nico campo que produz hoje. No BS-4, a previs�o � que o primeiro �leo seja extra�do em 2018.
A OGX sai da recupera��o com estrutura modesta. Em outubro de 2013, quando pediu socorro, tinha 600 empregados. Hoje, possui um ter�o disso. Eike Batista, o antigo controlador, tem atualmente 0,65% da empresa - 95% dela est� nas m�os de credores. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Mariana Dur�o e Mariana Sallowicz)
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OGX, de Eike, encerra recupera��o judicial
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