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Estado de Minas

Proje��o para d�ficit prim�rio piora de R$ 144,1 bi para R$ 156,2 bi, diz IFI


postado em 10/08/2017 11:31

Bras�lia, 10 - Enquanto a equipe econ�mica ainda decide o melhor momento para anunciar uma proposta de revis�o da meta fiscal de 2017, o Relat�rio de Acompanhamento Fiscal (RAF) divulgado nesta quinta-feira, 10, pela Institui��o Fiscal Independente (IFI) do Senado refor�a a avalia��o de que o atual objetivo de d�ficit prim�rio de R$ 139 bilh�es este ano � imposs�vel de ser alcan�ado. O documento revisou a proje��o de rombo nas contas p�blicas de R$ 144,1 bilh�es - j� acima da meta - para R$ 156,2 bilh�es.

A nova proje��o do IFI est� em linha com a avalia��o do mercado e de parte do pr�prio governo de que o esfor�o necess�rio para se cumprir uma meta d�ficit prim�rio de R$ 139 bilh�es neste ano levaria a um "shutdown" da m�quina p�blica, ou seja, a paralisa��o total das atividades dos �rg�os p�blicos por falta de recursos. A proje��o de um d�ficit de R$ 156,2 bilh�es ainda est� dentro do considerado "aceit�vel" pela equipe econ�mica, que deseja realizar um d�ficit pelo menos menor que o saldo negativo de R$ 159 bilh�es de 2016.

O diretor-executivo do IFI, Felipe Salto, avaliou que a revis�o da meta para 2017 ter� que ser significativa. "O peso das receitas at�picas � muito elevado, por isso o risco de ter um descumprimento da meta tamb�m � alto", explicou. O economista ressaltou que o governo tem sim feito um grande esfor�o na conten��o de despesas discricion�rias, mas lembrou que o gasto previdenci�rio continua em crescimento.

A equipe econ�mica ainda decide se ir� anunciar a nova proposta de meta no fim de agosto, com o envio do Or�amento de 2018 para o Congresso, ou no fim de setembro, com a divulga��o do pr�ximo Relat�rio Bimestral de Avalia��o de Receitas e Despesas. "N�o � um crime revisar a meta fiscal e o quanto antes revisar melhor. Mas o importante � haver um programa de ajuste fiscal que mostre resultado no m�dio e longo prazo. As metas deste e do pr�ximo ano s�o term�metros, mas n�o � R$ 10 bilh�es a mais ou a menos nestes anos que ir�o resolver o problema. O que importa � a consolida��o do ajuste", comentou Salto.

Para 2018, o IFI revisou a proje��o de d�ficit prim�rio de R$ 166,2 bilh�es para R$ 153,3 bilh�es. O tombo continua bem acima da meta de R$ 129 bilh�es, que tamb�m dever� ser revisada pelo governo. De acordo com o documento, a estimativa j� considera que o governo ter� que conter despesas discricion�rias em cerca de R$ 30 bilh�es no pr�ximo ano. Ou seja, o d�ficit poderia chegar a R$ 183,3 bilh�es.

O documento avalia ainda que o mercado de trabalho recupera-se de maneira fr�gil, muito concentrado na melhoria do emprego no setor informal. Al�m disso, embora a ind�stria e o com�rcio tenham parado de piorar, ainda n�o d�o sinais claros de retomada. "A economia est� em uma recupera��o incipiente, com um ritmo muito lento. Isso tem um impacto direto na arrecada��o. Sem consumo e investimento, n�o voltaremos a ter resultados fiscais elevados", completou Salto.

O RAF mostra ainda que o prim�rio requerido para estabilizar a d�vida p�blica na propor��o do PIB chegou a 5,2% do Produto Interno Bruto no acumulado de 12 meses at� junho. O documento aponta que a consolida��o fiscal no m�dio prazo depender� de um fortalecimento do prim�rio, da recupera��o do crescimento e da redu��o dos juros.

(Eduardo Rodrigues)


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