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Estado de Minas

Infla��o da educa��o � o triplo do �ndice geral de pre�os; sa�de � o dobro


postado em 19/09/2017 07:55

S�o Paulo, 19 - O brasileiro tem acompanhado m�s a m�s, no �ltimo ano, a queda da infla��o. O pre�o dos alimentos j� sobe menos, o estacionamento n�o aumenta como antes, mas dois itens insistem em n�o dar tr�gua: os servi�os de educa��o e sa�de continuam sendo reajustados acima do �ndice geral de pre�os. Entre as explica��es para essa resist�ncia est� no fato de que o consumidor, nesses casos, n�o abre m�o da qualidade e da confian�a dos servi�os privados. Os pre�os, desse jeito, n�o cedem.

Em agosto, a infla��o oficial acumulada em 12 meses, de acordo com o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 2,5%. Foi a menor marca em mais de 18 anos. Enquanto isso, os gastos com servi�os de educa��o subiram o triplo (7,5%). No mesmo per�odo, os de sa�de subiram o dobro (5,2%).

Os c�lculos da LCA Consultores n�o consideram os planos de sa�de, cujos pre�os s�o monitorados pelo governo. Neste ano, a Ag�ncia Nacional de Sa�de (ANS) autorizou um aumento m�ximo de 13,55% para os planos, praticamente o mesmo reajuste do ano passado.

A fisioterapeuta Cleci Rojanski conhece esses porcentuais na ponta do l�pis. Dona de um est�dio de pilates, ela � uma prestadora de servi�os que n�o consegue aumentar as mensalidades desde o ano passado. "Perdi clientela do ano passado para c�. Se eu tivesse reajustado, seria bem pior", diz.

Na outra ponta, no entanto, os pre�os subiram. O plano de sa�de da fam�lia teve alta de quase 15%. A mensalidade da escola do filho de 12 anos foi reajustada em 10%, para R$ 1.315. "Pensamos em mudar para um plano de sa�de mais barato, mas temos toda uma preocupa��o com isso", diz. Ficar sem plano est� fora de cogita��o. Para equilibrar o or�amento da fam�lia, Cleci reduziu viagens e jantares em restaurantes. "No dia a dia, a gente n�o percebe a queda da infla��o."

Quando se trata de educa��o e sa�de os pre�os t�m subido, sistematicamente, acima da infla��o geral ao longo dos anos. Na �ltima d�cada, enquanto o IPCA acumulado subiu 80,5%, os pre�os dos servi�os de sa�de cresceram 113,8% e os de educa��o, 110,7%.

O economista-chefe da MB Associados, S�rgio Vale, diz que as rela��es de confian�a constru�das ao longo do tempo entre clientes e prestadores de servi�os de sa�de, como m�dicos e dentistas, acabam dificultando a troca por op��es mais baratas. "A rela��o de confian�a acaba fazendo com que poss�veis abusos possam acontecer."

O economista da LCA Consultores, Fabio Rom�o, diz que existe alguma resist�ncia nos pre�os dos servi�os de educa��o e sa�de, mas pondera que a trajet�ria � de desacelera��o. "Resist�ncia existe, mas n�o � absoluta." Segundo ele, no caso da educa��o, as fam�lias pensam duas vezes antes de mudar as crian�as de escola. "H� todo um ciclo social que a crian�a desenvolveu na escola, a proximidade de casa." Esses fatores, segundo ele, chancelam os reajustes e d�o resist�ncia � queda de pre�os.

O presidente do sindicato das escolas particulares de S�o Paulo, Benjamim Ribeiro, � mais direto: "nosso concorrente, a escola p�blica, � muito ruim, por isso as fam�lias preferem manter os filhos na escola particular". As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(M�rcia De Chiara)


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