S�o Paulo, 19 - No sentido oposto do movimento de desacelera��o da infla��o, entidades que representam planos de sa�de e escolas pleiteiam �ndices de corre��es de mensalidades muito acima da infla��o.
A Associa��o Brasileira de Planos de Sa�de (Abramge) queria um aumento de 19,4% para as mensalidades, mais que o triplo da infla��o oficial acumulada em 2016 pelo IPCA, de 6,2%. A Ag�ncia Nacional de Sa�de (ANS) autorizou 13,55%, um porcentual bem menor do que o solicitado, mas muito acima da infla��o. Os planos de sa�de t�m seus pre�os monitorados pelo governo e precisam que o reajuste seja autorizado.
J� no caso das escolas, os pre�os s�o livres. Por�m, elas s� podem reajust�-los uma vez por ano. Para 2018, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de S�o Paulo (Sieeesp) prev� que os reajustes variem entre 4% e 8%. � um �ndice que supera a infla��o como um todo deste ano, em torno de 3% esperada para o IPCA.
Pedro Ramos, diretor da Abramge, diz que o descolamento entre os �ndices de reajustes das mensalidades pleiteados e concedidos ao setor em rela��o aos �ndices de infla��o ocorre por conta de v�rios fatores. O primeiro � que a infla��o m�dica � muito mais elevada do que a infla��o geral, porque envolve medicamentos, m�o de obra especializada, por exemplo.
Fraudes
Al�m disso, ele aponta o grande desperd�cio, com a solicita��o de exames desnecess�rios. Ramos acrescenta a grande incid�ncia de fraudes, que imp�e custos maiores.
Ele admite que um reajuste de pre�o nesse n�vel � uma din�mica perversa que atinge o consumidor, mas ressalta que, se o setor n�o tiver pre�o adequado, as empresas v�o fechar. "Temos capacidade instalada um pouco ociosa e os sinais de recupera��o da economia s�o muito fracos. Nossa margem est� abaixo de 0,5%." Por causa da crise, entre janeiro de 2015 e junho deste ano, o setor perdeu tr�s milh�es de benefici�rios de planos de sa�de.
J� as escolas do Estado de S�o Paulo n�o sentiram retra��o. Em 2016, houve crescimento de 1,4% no n�mero de alunos. "N�o perdemos alunos para a rede p�blica porque o nosso concorrente � muito ruim", diz o presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro. Ele explica que houve migra��o de escolas mais caras para as mais baratas e que negocia��es entre pais e alunos para obter descontos se intensificaram. "Mas as fam�lias est�o privilegiando manter os filhos na escola particular."
Quanto ao porcentual de reajuste, Ribeiro diz que escola n�o � produto de prateleira e os custos variam de escola para escola. Como os aumentos s� podem ser feitos uma vez ao ano, ele ressalta que � preciso cautela para n�o errar. "O mercado � muito competitivo e qualquer reajuste errado pode afetar a escola, que s� tem como fonte de receita a mensalidade." As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(M�rcia De Chiara)