Mais de 1,8 mil ag�ncias de Correios do pa�s deixar�o de fornecer servi�os de Banco Postal a partir de 11 de outubro, anunciou ontem a institui��o. A mudan�a atingir� 12 estados e afetar� diretamente a vida de quase 138 mil benefici�rios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que precisar�o migrar para ag�ncias do Banco do Brasil mais pr�ximas ou para outros bancos. Pelo menos 1,2 mil deles ter�o que viajar para outras cidades para sacar os benef�cios. O restante continuar� sendo atendido em ag�ncias banc�rias nas mesmas localidades, segundo o INSS.
Os Correios apontam como principal motivo para o corte a falta de dinheiro para arcar com gastos de manuten��o, como contrata��o de vigilantes armados e portas girat�rias. Das 6 mil ag�ncias dos Correios que oferecem servi�os banc�rios, quase 2 mil s�o obrigadas, por lei, a ter vigilantes, o que gera um custo de R$ 8 milh�es por m�s. Para contrat�-los em todas as ag�ncias do Banco Postal, o custo chega a R$ 28 milh�es mensais. “Com o aumento das decis�es judiciais que obrigam a ado��o de a��es de seguran�a adicionais �s previstas para correspondentes banc�rios, os Correios se veem obrigados a interromper os servi�os do Banco Postal nessas localidades, uma vez que os altos custos os tornam invi�veis”, justificou, em nota, a assessoria da empresa.
O impacto � grande, principalmente, para os moradores de pequenas cidades. Em 759 munic�pios do pa�s, o Banco Postal � o �nico acesso da popula��o a institui��es financeiras. Acabar com o servi�o significa, nas palavras do pr�prio presidente dos Correios, Guilherme Campos, “destruir a atividade do com�rcio, punir o aposentado e afetar de uma maneira brutal a economia dessas localidades”. Ele fez a declara��o em audi�ncia p�blica na Comiss�o de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, na �ltima ter�a-feira, ocasi�o na qual adiantou que acabaria com o servi�o nas ag�ncias. “Estamos tomando uma decis�o a contragosto”, lamentou.
Na audi�ncia, Campos ressaltou que oito em cada 10 ag�ncias que oferecem servi�o de banco postal s�o deficit�rias, o que contribuiu para o preju�zo de R$ 800 milh�es da estatal s� no primeiro semestre deste ano. “N�o temos condi��es de subsidiar a atividade em localidades onde n�o seja lucrativo”, explicou. Os estados mais prejudicados pela decis�o ser�o Bahia, que perder� os servi�os banc�rios em 440 ag�ncias; Paran�, em 412; e Goi�s, 259. O Banco do Brasil afirmou que ainda est�o em andamento negocia��es para encontrar alternativas para manter, pelo menos, parte dos pontos de atendimento.
As ag�ncias citadas n�o fechar�o apenas deixar�o de prestar servi�os banc�rios. Os servi�os postais continuar�o funcionando.
Refis prorrogado
O governo prorrogou pela segunda vez o prazo de ades�o ao Programa Especial de Regulariza��o Tribut�ria (Pert), ou Novo Refis. A data limite expirava ontem e foi adiada para 31 de outubro. Podem aderir ao parcelamento de d�bitos empresas e pessoas f�sicas devedoras da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). O texto-base do Novo Refis foi aprovado na C�mara dos Deputados na �ltima quarta-feira, mas os destaques ficaram para serem apreciados na semana que vem.