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Estado de Minas

Ap�s cobran�a por bagagens, pre�os das passagens a�reas sobem no Pa�s


postado em 13/10/2017 08:25

S�o Paulo, 13 - Ao contr�rio do que se esperava quando a Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) permitiu que as companhias a�reas passassem a vender passagens que n�o d�o direito a despachar bagagem, o pre�o das tarifas tem subido desde que as empresas come�aram a adotar a pr�tica. Entre junho e setembro, essa alta chegou a 35,9%, segundo dados da FGV. De acordo com levantamento do IBGE, entretanto, a eleva��o foi mais moderada, de 16,9%.

O pre�o das passagens a�reas est� no centro de uma discuss�o entre o governo federal e as companhias do setor. No fim de setembro, o Minist�rio da Justi�a instaurou averigua��o sobre um estudo da Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear) que apontou tend�ncia de queda no pre�o das passagens nos �ltimos meses.

Segundo o levantamento da entidade feito com base em dados preliminares, entre junho e o in�cio de setembro, as tarifas recuaram de 7% a 30% nas rotas dom�sticas das companhias que adotaram a cobran�a da mala despachada (Azul, Gol e Latam).

Os n�meros da FGV e do IBGE, por�m, mostram queda apenas em agosto, de 2,07% e 15,16%, respectivamente. A diverg�ncia de 13 pontos porcentuais entre os �ndices de agosto revela a complexidade que as entidades enfrentam para calcular o pre�o m�dio das passagens e as diferentes metodologias adotadas por cada uma - � tamb�m sobre a metodologia adotada que o Minist�rio da Justi�a questionou a Abear.

De acordo com Fernando Gon�alves, gerente na Coordena��o de �ndices de Pre�os do IBGE, os pre�os de passagem a�rea e telefonia est�o entre os mais complicados de se analisar, pois variam muito. "S�o dados muito detalhados, que requerem cuidado na hora da coleta."

A diverg�ncia no acumulado de junho a setembro dos �ndices de passagem a�rea da FGV e do IBGE chega a 19 pontos porcentuais, enquanto, no mesmo per�odo, os �ndices de pre�o geral das entidades se diferem em 0,54 ponto porcentual.

S� lazer

Tanto os dados coletados pelo IBGE como os pela FGV s�o de passagens destinadas ao turismo de lazer, cujas tarifas costumam ser mais baratas, j� que a compra � realizada com anteced�ncia. Passagens corporativas, adquiridas pr�ximo da data da viagem, acabam n�o sendo consideradas pelos �ndices das entidades.

A FGV faz sua coleta de dados considerando o pre�o das passagens para uma viagem que ocorreria dentro de 30 dias, enquanto o IBGE utiliza o prazo de 60 dias.

Outra diverg�ncia importante entre as metodologias da FGV e do IBGE diz respeito � inclus�o da bagagem nas tarifas analisadas. Enquanto a primeira optou por considerar tanto o pre�o da passagem com ou sem mala, a segunda considera sempre a inclus�o da bagagem, mesmo no caso das tarifas mais baratas - nesses casos, o pre�o da mala � acrescido no final.

Rotas

As diferen�as ocorrem ainda nas rotas dos voos cujos pre�os s�o analisados. A FGV coleta dados em sete pontos de partida e considera os destinos mais procurados pelos turistas brasileiros de acordo com uma pesquisa da Embratur. O IBGE, por sua vez, pesquisa 13 cidades como ponto de sa�da e os destinos foram definidos por um levantamento feito pelo pr�prio instituto entre 2008 e 2009 com fam�lias entrevistadas.

"� por causa dessa sele��o de cidades que acontece de, �s vezes, uma pessoa n�o se identificar com a varia��o (dos pre�os). Ela possivelmente mora em uma regi�o que a pesquisa n�o alcan�a", diz o coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor da FGV, Andr� Braz.

Discuss�o

A regra da Anac que permitiu a cobran�a por bagagem atendeu a uma demanda antiga do setor a�reo, que defendia o fim da franquia da mala gratuita com o argumento de aproximar as normas brasileiras aos padr�es internacionais. Hoje, apenas Venezuela, R�ssia e M�xico exigem que as companhias a�reas transportem pelo menos uma bagagem sem cobrar, segundo a pr�pria Anac.

Antes de entrar em vigor, a medida foi questionada pelo Minist�rio P�blico Federal em S�o Paulo, que afirmou que o setor era pouco competitivo no Pa�s, "sem grande disputa por tarifas mais baixas".

Procurada, a Abear informou que seu levantamento foi feito levando em conta as tarifas mais econ�micas ofertadas entre junho e o in�cio de setembro deste ano e de 2016. A entidade destacou que os dados foram apurados ap�s as divulga��es de pesquisa da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) que mostrou queda de 2,56% no primeiro semestre deste ano e do IPCA-15 de setembro, do IBGE, que registrou recuo de 12,99% no acumulado do ano.

"Importante ressaltar, ainda, que as informa��es foram obtidas por meio das companhias em um per�odo de custos est�veis durante o ano", informou em nota. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Luciana Dyniewicz)


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