BNDES: comparativo do lucro do 3� trimestre foi impactado por cr�dito tribut�rio

Rio, 10 - A queda de 71,04% no lucro l�quido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) no terceiro trimestre ante igual per�odo de 2016, para R$ 1,857 bilh�o, deveu-se, principalmente, � elevada base de compara��o com o ano passado, afirmou nesta sexta-feira, 10, a superintendente da �rea de Controladoria da institui��o de fomento, Vania Borgerth. A executiva lembrou que o lucro do terceiro trimestre de 2016 foi inflado por um cr�dito tribut�rio de R$ 4,5 bilh�es.

"Foi um efeito extraordin�rio e n�o recorrente. Se expurgarmos esse efeito, o resultado (da varia��o do lucro do terceiro trimestre de 2017 ante igual per�odo de 2016) poderia ser consideravelmente superior", disse V�nia, em teleconfer�ncia com jornalistas.

A superintendente afirmou tamb�m que a devolu��o antecipada de R$ 33 bilh�es da d�vida com o Tesouro Nacional teve efeito nulo no resultado financeiro, sem impacto no lucro. Todas as refer�ncias nas demonstra��es financeiras do BNDES � antecipa��o ao Tesouro dizem respeito ao resultado patrimonial, explicou Vania.

Ap�s pedido do Minist�rio da Fazenda, o BNDES devolveu antecipadamente R$ 50 bilh�es ao Tesouro Nacional. Em setembro, foram antecipados R$ 33 bilh�es - outros R$ 17 bilh�es foram devolvidos em outubro, mas n�o tiveram impacto nos resultados do terceiro trimestre. Com a devolu��o de setembro, o BNDES encerrou o terceiro trimestre com ativos totais de R$ 868,5 bilh�es, queda de R$ 7,561 bilh�es, ou 0,9%, em rela��o ao fechamento de 2016.

Vania confirmou que, mesmo ap�s a devolu��o antecipada dos R$ 33 bilh�es, a disponibilidade financeira do caixa do BNDES encerrou o terceiro trimestre em torno de R$ 170 bilh�es. A executiva ponderou, por�m, que esse valor n�o est� totalmente dispon�vel para devolu��o ao Tesouro Nacional, tendo em vista que o banco tem obriga��es futuras com empr�stimos j� contratados e que esse valor inclui t�tulos que n�o podem ser vendidos imediatamente.

A superintendente do BNDES destacou ainda o efeito positivo no resultado do terceiro trimestre da redu��o nas provis�es para risco de cr�dito. Nos nove primeiros meses de 2016, as provis�es somaram R$ 7 bilh�es, mas recuaram para R$ 5,6 bilh�es de janeiro a setembro deste ano. Segundo Vania, isso se deve � queda na inadimpl�ncia, cuja taxa caiu de 2,45% no encerramento do segundo trimestre deste ano para 1,83% no fim do terceiro trimestre. "A tend�ncia da inadimpl�ncia � de queda", afirmou Vania.

(Vinicius Neder)