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Estado de Minas

Classe m�dia brasileira voltar� ao patamar de 2014 s� em seis anos


postado em 12/11/2017 11:49

S�o Paulo, 12 - Quando morava com os pais, at� meados de 2015, Jennifer de Souza, de 22 anos, trabalhava porque queria ajudar a complementar a renda da fam�lia, de classe m�dia, que fechava todo m�s em torno de R$ 3 mil. De Mau�, regi�o metropolitana de S�o Paulo, a jovem aproveitou as vagas que surgiram com o boom do setor de servi�os e com�rcio. At� que veio a crise. De dois anos para c�, foram alguns bicos, nada formal. Hoje, Jennifer vive das contribui��es que consegue nas ruas paulistanas, onde, junto do marido, tamb�m pede dinheiro para ajudar fam�lias carentes de sua comunidade. "Isso � tudo de antes, quando a gente tinha dinheiro. Hoje n�o compro nada", diz ela, apontando para os acess�rios de prata que usa nas m�os e pesco�o.

Na casa dos pais, o momento tamb�m � outro. O pai perdeu o emprego de motorista e s� a m�e trabalha, com uma pequena banca de a�a� em Mau�.

A linha do tempo de Jennifer � um retrato da economia brasileira. Em 2015 e 2016 as classes D e E engordaram em mais de 4 milh�es de fam�lias. S� daqui a seis anos, em 2023, a classe m�dia ter� recuperado o patamar de participa��o que alcan�ou em 2014, quando 28% dos lares brasileiros tinham renda mensal de R$ 2.302 a R$ 5.552.

As proje��es, realizadas pela Tend�ncias Consultoria Integrada, fazem parte de estudo que analisa a evolu��o de fam�lias e renda entre as classes no Brasil at� 2026, a partir de dados do IBGE. Para Adriano Pitoli, um dos economistas respons�veis, o quadro se deve ao fim do crescimento econ�mico puxado por consumo e pelo setor de servi�os. "Este avan�o, que empregava principalmente m�o de obra pouco qualificada, n�o tem mais espa�o. No m�dio prazo, provavelmente haver� uma din�mica mais concentradora de renda".

Diferen�a

A previs�o � que a classe A recupere os rendimentos mais rapidamente nestes primeiros anos. Enquanto a renda total da classe C vai crescer a uma m�dia anual de 2,3% at� 2026, a velocidade entre os mais ricos ser� de 4,1%, e de 3% para os rendimentos totais. Entre 2003 e 2014, a renda da classe m�dia crescia cerca de 6% ao ano.

Educa��o n�o revertida em produtividade, acesso ao cr�dito encurtado e fraco ambiente de neg�cios s�o listados pelo economista Marcelo Neri como entraves � retomada do antigo crescimento da classe m�dia.

Diretor da FGV Social, o economista foi respons�vel por cunhar o termo "nova classe m�dia", em 2008. "Nossa situa��o fiscal n�o comporta um empurr�o na classe C por meios tribut�rios", diz. Para Neri, o governo precisa enfatizar a necessidade das reformas e se firmar como agente regulador, e n�o como um �rg�o que repassa recursos p�blicos para a popula��o. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Amanda Pupo, especial para O Estado)


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