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Estado de Minas

Ministros alertam deputados de crise em 2018 sem reforma da Previd�ncia


postado em 23/11/2017 02:25

Bras�lia, 23, 23 - O argumento dos parlamentares de que a proximidade das elei��es de 2018 dificulta a aprova��o agora da reforma da Previd�ncia inspirou a equipe econ�mica a moldar seu discurso durante o jantar oferecido na noite desta quarta-feira, 22, pelo presidente Michel Temer aos parlamentares em busca de apoio � proposta, segundo apurou o

Broadcast

. Em um alerta contundente, o governo tentou mostrar que a crise econ�mica pode voltar em 2018, em meio � campanha, se a proposta n�o for aprovada agora, complicando o discurso de quem pretende se eleger.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, foi um dos que tentou explorar as pretens�es eleitorais dos parlamentares em favor da reforma. Ele disse aos deputados presentes que, sem a aprova��o da proposta, a recupera��o da economia pode ser revertida em crise j� no ano que vem. Oliveira ainda advertiu que uma crise econ�mica em 2018 atinge a todos e que "n�o � trivial" explicar isso aos eleitores no meio da campanha.

J� o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tentou convencer os parlamentares de que os efeitos positivos da aprova��o da reforma sobre as perspectivas de investidores podem se transformar em cabo eleitoral dos candidatos. O argumento de Meirelles � que, com as mudan�as nas regras da Previd�ncia, h� potencial para se ter um bom crescimento em 2018, o que garante uma "situa��o privilegiada" para quem vai concorrer �s elei��es.

O efeito pr�tico do discurso adotado pela equipe econ�mica deve come�ar a ser medido a partir desta quinta-feira, 23, quando o governo continuar� com as articula��es pol�ticas. O relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), j� avisou que continuar� conversando com as bancadas para tirar d�vidas e prestar esclarecimentos sobre a nova proposta - o que n�o foi poss�vel durante o jantar.

O governo sabe que ainda n�o tem os 308 votos necess�rios para aprovar a proposta e que ter� de trabalhar duro para chegar a esse n�mero. Pelo menos cinco mesas vazias no amplo sal�o do Pal�cio do Alvorada lembravam o presidente Michel Temer dessa dificuldade. No fim das contas, o qu�rum de parlamentares no evento ficou abaixo do esperado pelo governo e ainda sem a presen�a de partidos importantes, como PSDB e PTB. O PSD enviou poucos representantes, segundo apurou o

Broadcast

.

O PP tamb�m amea�ou boicotar o jantar, uma vez que n�o teve seu pedido atendido para nomear o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como novo ministro-chefe da Secretaria de Governo, no lugar do tucano Antonio Imbassahy. O Pal�cio do Planalto chegou a programar a posse de Marun, mas recuou e acabou desagradando os dois lados - os partidos que queriam a mudan�a e o PSDB, que ficou insatisfeito por saber da poss�vel substitui��o pela imprensa.

O jantar estava convocado para as 20 horas, mas at� as 20h50 s� 15 deputados haviam chegado. A conta-gotas, o n�mero de parlamentares presentes superou a marca dos 30 por volta das 21h30, mas o maior grupo s� chegou mesmo depois das 22h. Al�m da trapalhada na nomea��o de Marun, a longa dura��o da sess�o do Congresso Nacional acabou atrasando os planos de Temer para o evento.

Crise.

O alerta para o risco de retorno da crise econ�mica foi endossado pelos economistas de fora do governo chamados para falar durante o jantar. O presidente do Insper, Marcos Lisboa, ressaltou que a janela para a aprova��o da reforma da Previd�ncia "come�a a fechar" e que o Pa�s pode voltar para um quadro econ�mico ruim de forma muito r�pida sem a vota��o da proposta. A possibilidade de paralisa��o da agenda de reformas j� acendeu a luz amarela, alertou ele.

Segundo Lisboa, ou a reforma � aprovada agora, ou a crise volta. Ele listou todos os ganhos recentes, como a queda dos juros, para tentar ilustrar o que o atraso na mudan�a das regras de aposentadoria e pens�o pode p�r a perder.

O economista Paulo Tafner tamb�m ressaltou a janela estreita para evitar que a crise volte. J� o economista Jos� Marcio Camargo centrou seu discurso no combate a desigualdades entre o sistema previdenci�rio dos trabalhadores do setor privado e dos servidores p�blicos.

A exemplo da campanha do governo, o combate a privil�gios foi um dos focos dos economistas, assim como a necessidade de instituir uma idade m�nima para aposentadoria no Brasil.

(Idiana Tomazelli, colaborou Daiene Cardoso)


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