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Estado de Minas

Em CPI do BNDES, Eike defende Lava Jato mas atribui sua pris�o a um 'erro'


postado em 29/11/2017 18:43

Bras�lia, 29 - Convocado pela CPI do BNDES do Senado para explicar seus neg�cios com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), o empres�rio Eike Batista, dono do grupo EBX, voltou a defender a Opera��o Lava Jato, mas atribuiu a um "erro" a sua pris�o.

"Muitas vezes pa�ses passam por processos. Acho que isso � excelente. Acho que o trabalho que est� sendo feito � excelente, mas revolu��es cometem alguns erros", disse o empres�rio ao ser questionado sobre o motivo da sua pris�o na Lava Jato.

Eike foi preso em janeiro ap�s dois doleiros dizerem que ele pagou US$ 16,5 milh�es a S�rgio Cabral, ex-governador do Rio, em propina. Ele foi denunciado pelos crimes de corrup��o e lavagem. O empres�rio responde ao processo em liberdade ap�s o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conceder habeas corpus, em abril deste ano.

Respaldado por um decis�o do ministro Lu�s Roberto Barroso, tamb�m do STF, que lhe deu o direito de n�o responder perguntas que pudessem produzir provas contra si pr�prio, Eike foi evasivo ao abordar quest�es relacionadas �s acusa��es que responde. O resultado foi uma sess�o esvaziada, em tom cordial e com troca de cortesias na maior parte do tempo.

Investimentos

Como se falasse a investidores, o empres�rio citou n�meros de empreendimentos lan�ados pelo grupo EBX, hoje na m�o de outros grupos empresariais, e negou irregularidades nos repasses recebidos do BNDES, que somaram cerca de R$ 15 bilh�es entre 2005 e 2014, segundo ele.

Logo no in�cio de sua apresenta��o, exibiu um v�deo de cinco minutos sobre o Porto de A�u, no Rio de Janeiro.

"Esses portos, principalmente o A�u, ele serve a todo o Brasil, serve a todos os empres�rios", disse Eike, ao justificar o aporte de mais de R$ 3 bilh�es do BNDES no projeto. "Acho que a fun��o do BNDES foi cumprida."

"Sou brasileiro, sempre fui um soldado do Brasil. Meus recursos sempre foram investidos aqui", disse ele ao ser questionado sobre aportes do banco no exterior.

Alerta

Em janeiro deste ano, ao ser preso, Eike deu declara��es nas quais indicava saber de irregularidades em concess�es de empr�stimos do BNDES)."Voc�s que est�o passando o Brasil a limpo, por favor, essa � uma �rea cr�tica", disse na ocasi�o.

Segundo ele, a cr�tica se referia a estrat�gias que julgou erradas do banco, como investir em estaleiros em diversos locais do Pa�s. "Talvez eu devesse vir mais vezes a Bras�lia. N�o sou um rato pol�tico. Talvez eu devesse vir aqui (no Congresso), em algumas comiss�es, e dizer que talvez fosse melhor se fazer uma Embraer dos mares", afirmou.

O empres�rio tamb�m negou ter sido favorecido pelas gest�es petistas. "Me ressinto do fato de a m�dia me colocar como filhote de determinados partidos", disse. "Comecei a me encontrar com o presidente Lula em meados de 2012. S� ali comecei a vir a Bras�lia, e s� porque o grupo n�o tinha recebido �reas do pr�-sal. E nossa rela��o com a Petrobras sempre foi catastr�fica", afirmou Eike.

Ele, no entanto, confirmou ter repassado cerca de R$ 2 milh�es ao PT ap�s pedido do ent�o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em 2012. A declara��o, feita inicialmente ao Minist�rio P�blico, motivou pedido de pris�o de ex-ministro no ano passado, depois revogada.

(Thiago Faria)


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