
S�o Paulo – A Smart Fit, rede de academias do grupo Bio Ritmo, deu um passo importante em dire��o � abertura de capital, a chamada oferta inicial de a��es (IPO, na sigla em ingl�s).

Agora, com o protocolo em m�os, ela passa para a categoria “A” e poder� negociar seus pap�is preferenciais (sem direito a voto) no Bovespa Mais – N�vel 2.
“Trata-se de uma estrat�gia muito utilizada por grupos que t�m marcas independentes, como � o caso do Bio Ritmo, e o mercado acion�rio gosta desse tipo de papel”, avalia Eduardo Tomiya, diretor-geral da consultoria Kantar Vermeer para a Am�rica Latina e especialista em marketing.
Para analistas, o ingresso da Smart Fit no mercado de a��es pode ser uma estrat�gia para que o fundo de private equity P�tria, que det�m 47% da empresa, se desfa�a de sua participa��o e recupere o dinheiro investido.
S� no ano passado, a Smart Fit recebeu aporte de R$ 188 milh�es, dinheiro que veio tamb�m do fundo soberano Singapore Investment Corporation (CGI), outro acionista do grupo, e da fam�lia Corona.
Os recursos sustentaram a abertura de 90 novas academias nos �ltimos doze meses. Tamb�m est�o ancorando a meta de expans�o da Smart Fit de fechar 2017 com um faturamento de R$ 1 bilh�o, com mais 140 novos pontos – 110 pr�prios e 30 franquias – e chegar a um total de 380 unidades, marca que coloca o grupo como o maior do mercado de fitness da Am�rica Latina e o quarto principal do mundo.
Presente em 20 estados brasileiros, a marca tamb�m t�m unidades no M�xico, Col�mbia, Chile, Peru e Rep�blica Dominicana e planeja desembarcar na Argentina em breve. Atualmente, possui 1,3 milh�o de alunos matriculados – o equivalente � popula��o de um pa�s como a Est�nia.
Os planos s�o ambiciosos e baseados em uma receita simples adotada desde o in�cio da prolifera��o das academias Smart Fit: salas muito grandes, aparelhagem moderna, poucos instrutores e, o mais importante, pre�o baixo que varia entre R$ 59,90 e R$ 89,90, com planos que come�am com R$19,90 no primeiro m�s.
A receita tem atra�do muita gente que quer se exercitar para manter a forma e a sa�de sem gastar muito, mas ainda n�o deu resultados no caixa.
MARKETING Em 2016, o faturamento da rede foi de R$ 641,2 milh�es, mas as perdas chegaram a R$ 22 milh�es, bem acima dos R$ 4,7 milh�es de preju�zo registrados em 2015.
Boa parte dos resultados negativos do ano passado s�o atribu�dos aos investimentos pesados em expans�o da rede de academias. Para se tornar atraente para o mercado, diz Tomyia, a Smart Fit precisa agora investir em novas estrat�gias de marketing capazes de rentabilizar o neg�cio.
Enquanto algumas academias tentam sobreviver aplicando a mesma f�rmula da Smart Fit, ela tem substitu�do equipamentos por salas e reformando espa�os para oferecer aulas de dan�a e de exerc�cios funcionais como alongamento. A ideia � atrair novos clientes, ganhar escala e mudar as cores dos n�meros do balan�o. A companhia tamb�m investiu na cria��o de linhas pr�prias de isot�nicos, suplementos e roupas para gin�stica.
Com a abertura de capital, a rede ganha musculatura para ampliar seus planos de investimentos. O Brasil � um mercado pulsante neste setor. S�o cerca 32 mil academias e nove milh�es de alunos, contingente que faz do pa�s o segundo maior mercado do mundo, atr�s apenas dos Estados Unidos, que conta com um ex�rcito de mais de 10 milh�es de inscritos.