Alckmin afirma que reforma da Previd�ncia ter� apoio do PSDB

S�o Paulo, 01 - O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira, 1, que a reforma da Previd�ncia proposta pelo governo de Michel Temer ter� o apoio de seu partido, o PSDB. Sem dizer quantos dos 43 deputados tucanos votar�o a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) - que altera, entre outras coisas, a idade m�nima para o brasileiro se aposentar -, nem se vai interferir nessa decis�o, Alckmin passou a defender com mais �nfase o projeto, citando os valores m�dios pagos hoje pelos sistemas p�blico e privado como estrat�gia para explicar que � preciso combater privil�gios.

"A Previd�ncia precisa ser reformada porque h� dois sistemas e os dois t�m d�ficit. S� que o do INSS (Instituto Nacional do Servi�o Social), que tem d�ficit de R$ 160 bilh�es a R$ 170 bilh�es para 32 milh�es de aposentados, tem distribui��o de renda. Ningu�m ganha mais de R$ 5 mil e a m�dia � 1 sal�rio m�nimo e meio. Mas o d�ficit do setor p�blico � preocupante. Tem d�ficit de mais de R$ 80 milh�es para menos de 1 milh�o de aposentados e pensionistas, com sal�rios muito elevados. � o Robin Hood �s avessas e, por isso, tem que ser corrigido", disse o governador � R�dio Capital.

Alckmin citou todos os valores m�dios pagos ano passado em aposentadorias: R$ 1.191 para o aposentado do INSS, R$ 8 mil para o servidor do Poder Executivo p�blico, R$ 16 mil para representantes do Judici�rio e R$ 24 mil para o Legislativo. "N�o pode ter um sistema desses. Sempre defendi um regime geral de Previd�ncia e vou lutar por isso, como j� foi feito em S�o Paulo. Aqui, tanto o Legislativo, o Judici�rio, o Executivo recebe teto do INSS e tem a op��o de aderir � previd�ncia complementar."

O tucano, no entanto, ressaltou que a PEC n�o ser� facilmente aprovada pelo Congresso, j� que, por ser emenda constitucional, precisa de 308 votos. "Mas a proposta ter� o apoio do PSDB. N�s vamos apoi�-la." Na quarta-feira, 29, o governador j� havia afirmado que o PSDB iria apoiar a reforma da Previd�ncia sob qualquer circunst�ncia, em refer�ncia a uma eventual sa�da da sigla da base governista.

� r�dio, Alckmin n�o quis falar como presidente do PSDB. "Se assumirmos ser� s� no dia 9. Antes disso n�o tem conversa, como presidente do partido, com o presidente Temer," completou. Amanh� os dois se encontrar�o no interior paulista em dois eventos de entrega de moradias populares constru�das com recursos do Minha Casa Minha Vida (programa federal) e Casa Paulista (programa estadual).

Ao fim da entrevista, o governador afirmou que quer ser candidato � Presid�ncia da Rep�blica ano que vem por se considerar preparado para o cargo.

(Adriana Ferraz)