Bras�lia, 05 - A quantidade de celulares com tecnologia 4G superou pela primeira vez os 3G no Pa�s, de acordo com dados divulgados pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Servi�o M�vel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil). No m�s de outubro, 95 milh�es de celulares 4G constavam na base das empresas, contra 92 milh�es 3G.
At� outubro de 2016, os celulares 3G ainda eram l�deres, com 126 milh�es de linhas, contra 53 milh�es dos de 4G. A previs�o da entidade � que o total de celulares 4G atinja 100 milh�es at� o fim deste ano.
Esse crescimento est� relacionado ao avan�o da tecnologia 4G, que j� chegou a 3.363 munic�pios do Pa�s e a 90% da popula��o. De acordo com o Sinditelebrasil, a obriga��o das teles era que a tecnologia atingisse 1.079 munic�pios at� dezembro deste ano. No caso da tecnologia 3G, 5.099 munic�pios e 99% da popula��o est�o cobertos.
O alcance das novas tecnologias no Pa�s tem sido cada vez maior e mais r�pido, disse o presidente do Sinditelebrasil, Eduardo Levy. No terceiro trimestre deste ano, a receita das empresas com dados foi maior do que os ganhos com voz.
Do total das receitas das empresas, 62% vieram da venda de pacotes de dados (internet) e 38% corresponderam a voz. No terceiro trimestre de 2016, a voz representava 51% das receitas das empresas, e o pacotes de dados, 49%. Para 2018, a expectativa � que os dados representem 80% das receitas, contra 20% de voz.
A quantidade de celulares que utilizam a tecnologia 2G caiu para 36 milh�es em outubro, ante 52 milh�es no mesmo m�s de 2016. Levy destacou que a maior barreira para que esses usu�rios migrem para a tecnologia 3G � o pre�o do smartphone, que, em m�dia, corresponde ao valor do sal�rio m�nimo, hoje em R$ 937,00.
"Os celulares 2G est�o em queda vertiginosa, mas precisamos encontrar alternativas para zer�-los. A redu��o dos impostos sobre os aparelhos pode ajudar nisso", disse Levy.
A receita bruta das teles atingiu R$ 169 bilh�es at� setembro deste ano, uma queda de 1,3% em rela��o aos R$ 172 bilh�es registrados de janeiro a setembro de 2016. Os investimentos somaram R$ 16,9 bilh�es at� setembro, redu��o de 3,4% sobre o mesmo per�odo do ano passado.
Marco regulat�rio
Levy fez um apelo a favor da aprova��o do novo marco regulat�rio das teles. Se aprovado, segundo ele, a nova lei vai permitir o direcionamento de R$ 1 bilh�o na expans�o da rede, em substitui��o aos gastos obrigat�rios das concession�rias em telefonia fixa e orelh�es, hoje em desuso.
"Tivemos uma queda acentuada nas receitas ligadas �s concess�es e um aumento dos gastos com obriga��es. Isso faz com que as concess�es tenham dificuldades para se manter, algo que afeta muito a Oi", afirmou. "O destravamento desse projeto ajuda a todos e aumenta o interesse de investidores na Oi."
Sistema S
As teles se mobilizaram para criar a Confedera��o Nacional da Tecnologia da Informa��o e Comunica��o (Contic), que re�ne as federa��es de telecomunica��es (Febratel), de empresas de inform�tica (Fenainfo) e de instala��o e manuten��o de redes de telecomunica��o e inform�tica (Feninfra).
O objetivo � enquadrar a confedera��o como uma das benefici�rias dos recursos do Sistema S, o que pode render R$ 1 bilh�o em recursos para qualifica��o de m�o de obra do setor. "Esses recursos j� existem, mas hoje s�o alocados para outras confedera��es", disse Levy.
Sobre o fim da neutralidade da rede, que est� em discuss�o nos Estados Unidos, Levy disse que n�o houve nenhuma iniciativa das teles sobre o assunto. Na avalia��o dele, por�m, essa quest�o deve ser amadurecida.
(Anne Warth)
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N�mero de celulares 4G supera 3G pela primeira vez no Pa�s
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