
Depois de dois anos de quedas nas vendas do varejo de Belo Horizonte, o Natal deste ano ser� de crescimento, na expectativa dos lojistas da capital mineira.
Segundo pesquisa da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) com consumidores e empres�rios, as vendas motivadas pela data devem subir 1,42% em rela��o ao ano passado.
“O Natal acompanhar� a recupera��o pela qual passamos neste ano. Tivemos dois anos de queda e agora estamos recuperando parte do que perdemos durante a crise. N�o � o �ndice que gostar�amos e que o Brasil precisa, mas perto dos �ltimos anos � um dado positivo”, explicou o presidente da CDL, Bruno Falci. Segundo ele, o balan�o do ano para o com�rcio varejista em BH tamb�m fechar� com saldo positivo de 1,7%.
N�mero de presentes
Entre os itens pesquisados pela CDL, o que mais animou os comerciantes � que, neste ano, 78,2% dos consumidores da capital mineira, com base nas entrevistas realizadas, afirmaram que devem presentar algu�m neste Natal. A maioria das pessoas ouvidas pretende comprar at� tr�s presentes, enquanto no ano passado a m�dia de presentes foi de apenas um produto.
Embora aponte na mesma dire��o, o n�mero � um pouco diferente do apresentado pela Fecom�rcio MG, que apontou que 63,3% dos consumidores de BH v�o presentear pessoas queridas neste Natal. Segundo o levantamento, em compara��o com 2016, quando 51% dos entrevistados afirmaram ter inten��o de comprar presentes, o crescimento deste ano � motivo de anima��o para os comerciantes.
Para a analista de pesquisa da Fecom�rcio, Elisa Castro, o resultado impacta todos os segmentos, o que gera otimismo. “O per�odo natalino � o mais importante para o setor. Neste ano, embora as fam�lias ainda demonstrem certa cautela para consumir, a ades�o �s compras de fim de ano ser� maior”, apontou Elisa. De acordo com o levantamento, os clientes dever�o adquirir poucos produtos e de menor valor (48,4%). De modo geral, 70,4% t�m a inten��o de gastar menos com os presentes na compara��o com 2016.
Os sinais da crise, no entanto, permanecem para 21,8% dos entrevistados pela CDL, que afirmaram n�o estar dispostos a comprar nenhum presente neste fim de ano. Os principais motivos para aqueles que v�o segurar os gastos no per�odo de festas s�o falta de dinheiro (29,9%) e desemprego (23,4%). “Parte da popula��o ainda est� sentindo os efeitos da crise econ�mica vivida pelo pa�s, por isso ainda evita o alto consumo”, avaliou Falci.
O aperto financeiro atinge diretamente classes mais baixas da popula��o, que ter�o que conter os gastos neste Natal. Entre os entrevistados da CDL das classes A e B, 88,2% afirmaram que pretendem comprar presentes, enquanto entre os entrevistados da classe E o percentual de pessoas que v�o gastar nas pr�ximas semanas cai para 73,4%.
Cautela no bolso
De acordo com a CDL, a maior parte dos consumidores belo-horizontinos (58,3%) pretende comprar presentes de at� R$ 100. Outros 23,9% disseram que v�o gastar entre R$100 e R$ 150. Entre os entrevistados, 1,1% informou que pretende desembolsar valores acima de R$ 500 neste Natal.
“A melhora no cen�rio se d� por uma conjuntura de fatores, como a infla��o e os juros menores, o que gera mais seguran�a para os empres�rios e consumidores. E estamos come�ando a registrar saldo positivo entre o n�mero de contratados e demitidos no mercado de trabalho. Com a perman�ncia desse cen�rio de melhorias esperamos que 2018 seja ainda melhor”, disse Falci.
Em rela��o � forma de pagamento, mais da metade dos belo-horizontinos querem pagar � vista seus presentes, sendo que 36,2% desejam pagar em dinheiro e 16,7% por meio do cart�o de d�bito. “As pessoas buscam evitar a qualquer custo o endividamento. Isso mostra a consci�ncia do consumo. Evitando contrair futuros pagamentos, o consumidor n�o quer comprometer sua renda. Nesse aspecto, d� para perceber que a crise ensina a gastar apenas o que se pode”, ressaltou o presidente da CDL.
Os produtos mais procurados neste Natal – segundo 43,5% dos consumidores – ser�o as roupas. Em seguida est�o os brinquedos (22,8%) e os cal�ados (15,5%). O levantamento mostra ainda que os shoppings s�o os lugares preferidos dos belo-horizontinos para as compras de fim de ano. Quase metade dos entrevistados (45,3%) afirmaram que pretendem comprar nos shoppings, enquanto 30,8% preferem lojas de rua em centros comerciais. No levantamento da Fecom�rcio, a ordem dos produtos mais procurados � a mesma: roupas, brinquedos e cal�ados.
