Bras�lia, 21 - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu hoje que "sempre se pode aumentar impostos que n�o estejam sujeitos a anualidade" para compensar a frustra��o em medidas que elevariam as receitas do governo no ano que vem. Em coletiva na sede do PSD para falar sobre o programa partid�rio, Meirelles disse que n�o h� ainda nenhuma decis�o sobre eleva��o de tributos. "Mas existem alternativas", frisou.
O governo n�o conseguiu aprovar a tempo a Medida Provis�ria (MP) de mudan�a na tributa��o de fundos exclusivos de investimento, que geraria R$ 6 bilh�es l�quidos para a Uni�o no ano que vem. Por ser mudan�a no Imposto de Renda (IR), ela teria que ser aprovada e sancionada ainda este ano para respeitar a anualidade.
Meirelles destacou que h� tributos que exigem noventena (90 dias) para entrar em vigor, ou seja, gerariam receitas mais rapidamente. Ele tamb�m voltou a falar em corte no Or�amento de 2018 para lidar com as frustra��es do lado das despesas, em medidas que gerariam economia de recursos, como adiamento do reajuste dos servidores, suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "A mensagem � que vamos cumprir a meta fiscal e o teto de gastos", disse.
Candidatura
Meirelles disse tamb�m que sua posi��o nas pesquisas de inten��o de voto ser� levada em conta na hora de definir se ser� ou n�o candidato � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSD, partido no qual est� filiado atualmente. Al�m disso, Meirelles afirmou que a posi��o do partido sobre lan��-lo candidato deve ser um fator fundamental para essa decis�o.
"A posi��o nas pesquisas de inten��o de voto e tudo que for relevante ser� levado em conta na decis�o. A decis�o partid�ria tamb�m ser� levada em conta, mas estou pensando alto", disse depois de negar que j� esteja pensando sobre a possibilidade de se candidatar em 2018. "N�o estou pensando nos fatores para decidir sobre candidatura. Na hora, analisaremos as condi��es", complementou.
Apesar de minimizar a discuss�o, Meirelles enalteceu a recupera��o econ�mica como um ponto importante para viabilizar sua disputa nas elei��es. "Caso eu tome decis�o no futuro sobre se lan�ar candidato, discutirei temas como empregos. Quando discutida a quest�o social, programas do governo s�o relevantes, mas o melhor programa � a cria��o de empregos. N�o h� programa social que compense o desemprego", disse.
O ministro ainda destacou as compras de Natal como uma quest�o importante para mudar a percep��o da sociedade brasileira em rela��o � recupera��o econ�mica. "Ainda tem muita gente desempregada, mas Natal pode influenciar nessa sensa��o. A sensa��o de bem estar n�o est� instalada na sociedade ainda, isso demanda tempo", justificou.
(Idiana Tomazelli e Renan Truffi)