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Estado de Minas

Investidor n�o virar� costas para Brasil, diz executivo


postado em 25/12/2017 10:43

S�o Paulo, 25 - Para o chefe de Economia e Estrat�gia para Am�rica Latina do Bank of America Merrill Lynch, Claudio Irigoyen, mesmo que o cen�rio pol�tico no Brasil no ano que vem esteja nebuloso e confunda o mercado, ainda h� um grande interesse internacional por empresas brasileiras.

Na avalia��o do executivo argentino, o Pa�s segue no radar dos investidores internacionais embora pudesse se beneficiar ainda mais se fosse menos fechado. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O Brasil se recupera da crise mais rapidamente do que o imaginado pelos investidores?

Sim, com certeza. Os indicadores mais recentes da economia nos d�o ideia de que o Brasil est� virando esse jogo e a capacidade de recupera��o do Pa�s � impressionante. O atual cen�rio nos leva a pensar em uma recupera��o na casa dos 3% no ano que vem. Obviamente, tudo que est� relacionado �s elei��es do ano que vem ter� impacto nessa recupera��o. Embora seja importante ter em mente que anos eleitorais afetam os investimentos e, no Brasil, n�o deve ser diferente.

Os anos de recess�o afetaram a imagem do Brasil l� fora?

Em geral, os investidores mantiveram uma vis�o positiva sobre o Brasil. Os mercados preferenciais para a atra��o de investimentos na Am�rica Latina no ano que vem s�o Brasil e Argentina. Os investidores ainda est�o apostando no Brasil. H� uma maior preocupa��o - e isso pode ser visto nos pre�os dos pap�is - com os resultados da elei��o do ano que vem, mas ainda � muito cedo para fazer uma an�lise das candidaturas que ser�o postas na mesa. Mas o investidor n�o vai virar as costas para uma economia do tamanho da brasileira, eles podem ficar preocupados com algumas mudan�as de ciclo, mas o Pa�s sempre vai atrair interesse.

Mesmo com a incerteza pol�tica do ano que vem?

Sim, principalmente para os investidores de longo prazo. O Brasil � relativamente fechado em rela��o a outros pa�ses e j� � assim h� muito tempo. O Pa�s se beneficiaria bastante se abrisse mais a sua economia, mas eu n�o espero nenhuma mudan�a significativa em um futuro pr�ximo. Mas mesmo de olho nas elei��es de 2018, ainda h� um grande n�mero de investidores estrangeiros, de pa�ses como a China, tentando comprar empresas baratas no Brasil, independentemente do resultado da elei��o. Eu acredito que a maioria dos investidores ficou impressionada com o que o governo atual conseguiu fazer em pouco tempo, pensando na restri��o dos gastos p�blicos e na reforma trabalhista, por exemplo.

E a reforma da Previd�ncia?

Olha, os investidores gostariam de mais reformas no Brasil.

O que seria mais importante para o investidor, a reforma da Previd�ncia ou a fiscal?

O Brasil precisa de ambas, mas hoje a quest�o da Previd�ncia � mais cr�tica, por ser fundamental para estabilizar o funcionamento do Estado no longo prazo. O problema � que o Brasil precisa de boas reformas e n�o apenas aprovar qualquer mudan�a. Quanto ao sistema tribut�rio do Brasil, ele poderia ser mais simples. A reforma tribut�ria seria um complemento � da Previd�ncia.

O Estado brasileiro ficou muito maior do que deveria ser?

O mais honesto seria dizer que o Estado brasileiro pode ser reduzido. O problema do tamanho do Estado � que uma vez que ele � aumentado, fica dif�cil fazer uma redu��o quando se torna necess�rio. A gente v� isso acontecendo na Argentina, na Col�mbia e o Brasil, claro, n�o � uma exce��o.

Privatizar empresas estatais seria uma solu��o?

H� duas raz�es para vender uma empresa p�blica: o governo precisa do dinheiro ou n�o consegue administr�-la com compet�ncia e o setor privado tende a fazer uma melhor gest�o. Se vende a empresa porque precisa de dinheiro, provavelmente n�o est� fazendo o suficiente para cortar gastos.

O Brasil deve se sair melhor do que alguns vizinhos da Am�rica Latina, como Argentina, Col�mbia e Peru, no ano que vem?

A Argentina ainda tem muitos problemas de contas p�blicas para resolver e o pa�s escolheu resolver essas quest�es fiscais de maneira gradual. A economia peruana deve ser a que se sair� melhor no ano que vem, porque o pa�s vem demonstrando que est� fazendo uma pol�tica econ�mica respons�vel. Tanto a Col�mbia quanto o M�xico ter�o elei��es no ano que vem, o que torna o cen�rio mais nebuloso. O Brasil deve se sair melhor do que os dois.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo

(Douglas Gravas)


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