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Estado de Minas

Dinheiro do FGTS na Caixa n�o deve ampliar linhas de cr�dito, dizem analistas


postado em 05/01/2018 22:19

S�o Paulo, 05 - A inje��o de R$ 15 bilh�es na Caixa Econ�mica Federal por meio de uma opera��o com o Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS) traz um al�vio em termos de capital para o banco, mas n�o deve ser um impulso para a oferta de cr�dito, acreditam analistas do mercado. A medida, assinada pelo presidente Michel Temer e publicada nesta sexta-feira, 5, no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU), permitir� que a institui��o cumpra as exig�ncias regulat�rias em torno de Basileia III sem passar apertos.

A opera��o, que ainda depende do aval do Conselho Curador do FGTS e do posicionamento do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), vai evitar que a Caixa precise de um socorro do governo em 2018. Na pr�tica, atualmente, o banco p�blico n�o est� desenquadrado. No entanto, a implementa��o das regras de Basileia III, que endurecem neste ano, consome recursos, exigindo do banco mais capital.

O �ndice que se refere ao capital principal da Caixa, ou seja, pr�prio dos acionistas, estava em 8,97% no t�rmino do primeiro semestre. Pelas novas regras de Basileia, o m�nimo ter� de ser de 7,0% a 9,5% em 2019.

Na vis�o da analista de bancos p�blicos da ag�ncia de classifica��o de risco Fitch Ratings no Brasil, Esin Celasun, os R$ 15 bilh�es s�o positivos em termos de capital regulat�rio. "Os R$ 15 bilh�es n�o s�o muito relevantes em rela��o � carteira de cr�dito do banco, de cerca de R$ 600 bilh�es, mas apoia o crescimento porque vai permitir que banco aumente seu funding e repasse como cr�dito", explica ela, em entrevista ao Estad�o/Broadcast.

Exatamente pela pouca relev�ncia ante a carteira total do banco, analistas do mercado n�o esperam que a opera��o junto ao FGTS seja suficiente em termos de estrat�gia de concess�o de cr�dito, principalmente do lado da habita��o, que responde por cerca de 70% deste setor. "Os R$ 15 bilh�es devem funcionar mais como um tapa buraco. N�o resolvem o problema. A Caixa ter� de reduzir a sua carteira de cr�dito de pessoa jur�dica para voltar a crescer com mais vigor no cr�dito imobili�rio", avalia um analista, na condi��o de anonimato.

Neste contexto, contribui, conforme o respons�vel por institui��es financeiras da Fitch no Brasil, Cl�udio Galina, o fato de a demanda por cr�dito no Brasil n�o estar t�o forte. "Os bancos p�blicos n�o est�o com tanto apetite de cr�dito como estavam no passado", avalia ele, em entrevista ao Estad�o/Broadcast, lembrando que o cen�rio eleitoral tamb�m traz uma din�mica diferente para o ano de 2018.

Galina destaca ainda que o principal desafio do banco � obter recursos para continuar aumentando sua carteira de cr�dito e tocando programas como o Minha Casa Minha Vida ap�s 2018. O pr�prio presidente da Caixa Econ�mica Federal, Gilberto Occhi, tem dito que o problema do banco n�o � capital, mas recursos suficientes para seguir tocando as pol�ticas do governo.

Al�m dos R$ 15 bilh�es, o analista da Fitch lembra que a Caixa tem outras medidas que devem ser usadas para endere�ar melhor a quest�o do capital e de sua carteira de cr�dito. Neste momento, o banco busca s�cios para seu balc�o de seguros, o que deve render uma inje��o de recursos adicional na institui��o, fora o esfor�o que fez para redu��o de despesas com um plano de demiss�o volunt�ria (PDV).

Outra medida que deve dar um f�lego extra para a Caixa � a reten��o de recursos. Depois de um ano com lucro recorde, o banco deve reter mais resultado, como j� fez nos �ltimos anos. Para 2017, segundo fonte ouvida pelo Estad�o/Broadcast, a Caixa espera pagar no m�xima 25% do seu lucro l�quido ajustado, como j� fez no ano anterior. O porcentual � menor que os cerca de 50% registrados em 2015, que tamb�m estiveram abaixo do patamar de 100% que vigorou entre os anos de 2011 e 2014.

A divulga��o ser� feita, contudo, depois de uma sequ�ncia de atrasos nos balan�os. Com isso, os n�meros do terceiro e quarto trimestre de 2017 - e os dados anuais - devem ser publicados em conjunto nos pr�ximos meses.

(Aline Bronzati)


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