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Estado de Minas

Rodrigo Maia diz que Meirelles deveria apresentar agenda p�s-Previd�ncia


postado em 08/01/2018 02:43

S�o Paulo, 8, 08 - O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acredita que o ministro da Fazenda e poss�vel candidato � Presid�ncia da Rep�blica, Henrique Meirelles (PSD), deveria apresentar � sociedade uma agenda que avance al�m da reforma da Previd�ncia. "Na minha opini�o, a agenda do ministro Meirelles, e n�o estou aqui querendo criticar... Ela comete (um erro), do meu ponto de vista, e j� disse (isso) a alguns assessores dele. Ela vai s� na primeira parte do processo. A sociedade quer saber como voc� faz a segunda", disse o deputado, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, exibida no in�cio da madrugada desta segunda-feira, 8. "Todos n�s que temos essa agenda (da reforma) como priorit�ria, temos que falar da segunda parte da agenda. Sen�o fica muito �rida. Fica s� a parte que, em tese, vai tirar alguma coisa de algu�m. Que n�o � verdade, mas � o que se vende a�, pelos campos da esquerda."

Ao responder uma quest�o sobre a converg�ncia de pensamento de pr�-candidatos que se colocam como alternativas de centro nas elei��es deste ano - caso de Meirelles e do governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) -, Maia demonstrou distanciamento do ministro da Fazenda. "Discordo frontalmente de que a minha agenda necessariamente � 100% igual ao que pensa o Meirelles", afirmou, para ent�o dizer que o poss�vel candidato do PSD � Presid�ncia deveria apresentar � sociedade um discurso que justifique a reforma da Previd�ncia e que mostre o impacto que ela ter� na vida das pessoas. "Por que vai fazer a reforma da Previd�ncia? Ela existe porque na hora que tem uma rebeli�o em Goi�s (como ocorreu no in�cio deste ano), os governadores fazem uma carta e todos os pedidos deles t�m rela��o com dinheiro. Porque est� faltando recurso para a seguran�a. A gente quer a reforma da Previd�ncia para reduzir o gasto aqui para sobrar recurso e cuidar da seguran�a", afirmou o parlamentar.

A respeito da vota��o da reforma na C�mara, marcada para a semana do dia 19 de fevereiro, Maia manteve o discurso otimista. "Dia 19 vamos ter voto", afirmou. "O deputado � pragm�tico. � um tema pol�mico, mas fundamental." O parlamentar afirmou que o governo, "em um primeiro momento", falhou na comunica��o das mudan�as na Previd�ncia. Agora, no entanto, ele acredita que o "que est� colocado para a popula��o � facilmente explic�vel para a sociedade". Maia contou um epis�dio recente em que teria sa�do aplaudido ap�s fazer um discurso em defesa da reforma em um "bairro simples" (sem identificar a cidade).

O presidente da C�mara voltou a lamentar que a reforma n�o tenha sido aprovada no ano passado, por causa das den�ncias da Procuradoria-Geral da Rep�blica contra o presidente Michel Temer. "Em mar�o ia votar. A gente estaria hoje com previs�o de crescimento de 4% a 4,5% da economia. Ia ter que estar controlando o consumo de energia por causa disso."

Presidenci�vel.

Maia participou do programa Canal Livre no �mbito de uma s�rie de entrevistas dedicada aos poss�veis candidatos � Presid�ncia. Apesar disso, disse que, no momento, a chance de ser o escolhido do DEM � "zero", embora reconhe�a que seu nome esteja "colocado no debate". "O DEM vai ter um candidato nessa bancada aqui (durante as elei��es), o candidato do DEM, n�o estou dizendo que sou eu." Ele citou como outros poss�veis nomes do partido o ministro da Educa��o, Mendon�a Filho (PE), e o prefeito de Salvador, ACM Neto. A �ltima vez que o DEM encabe�ou uma chapa presidencial foi em 1989, com Aureliano Chaves (o partido ainda se chamava PFL).

Maia disse que, acima da discuss�o sobre candidaturas ou sobre a eventual uni�o de partidos de centro-direita, � preciso que seja definido um projeto "que saia do populismo, da demagogia". "Quero fazer parte de um projeto que seja muito transparente com a sociedade, que fale pra sociedade de forma clara: 'tem aqui um volume de despesas que � incompat�vel com a realidade do Brasil'." N�o � poss�vel, no entanto, "misturar o governo com a constru��o de um projeto", disse Maia. "O governo � benefici�rio desse candidato (que defenderia a agenda reformista e de corte de gastos). A agenda que o governo colocou na pauta � uma agenda que � convergente com a desse candidato. Agora se voc� come�ar a estar preocupado com candidato que � pra defender governo, n�o vai sair do lugar. Voc� vai perder a oportunidade de atrair outros polos da sociedade em um primeiro momento."

O presidente da C�mara acredita ser poss�vel participar da elei��o com o discurso da austeridade. "Se for pra ganhar mentindo, � melhor perder falando a verdade." Em tom de brincadeira, Maia afirmou que o centro est� congestionado (por causa do grande n�mero de pr�-candidatos), mas ao mesmo tempo vazio (pois n�o h� um pr�-candidato dessa linha que apare�a bem nas pesquisas). "Tem que ver como se constr�i um cento com votos." Maia declarou "apostar tudo" na ideia de que a aprova��o da reforma da Previd�ncia ir� gerar efeitos econ�micos positivos ainda em per�odo eleitoral, o que tem o potencial de beneficiar eleitoralmente seus defensores. "Se (a reforma) n�o for aprovada, o cen�rio econ�mico ser� pior para a elei��o e ruim para quem est� na base do governo, mas o debate da reforma do estado est� colocado", disse.

Lula.

Sobre o l�der das pesquisas, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, Maia disse preferir que ele seja vencido nas urnas. "Queria disputar com o Lula. Ele sair� derrotado da elei��o. Vamos acabar com o mito." Segundo o presidente da C�mara, a campanha servir� para mostrar que o petista � o "culpado" pela crise. "Lula est� bem nas pesquisas porque o governo do presidente Michel est� injustamente muito mal avaliado", disse. "O candidato que for para o debate, colocar o dedo na ferida, tem espa�o para que ele (Lula) n�o tenha os 30% (de inten��o de voto) que tem hoje." Maia disse n�o crer em "convuls�o social" caso a condena��o de Lula seja confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4� Regi�o, em Porto Alegre, no dia 24.

Regra de ouro.

O presidente da C�mara afirmou que a flexibiliza��o da chamada "regra de ouro", que impede o governo de emitir d�vida em volume superior a investimentos, � necess�ria para 2019. Segundo ele, com o atual crescimento das despesas, "a regra de ouro fica imposs�vel de ser atingida" no pr�ximo ano. Maia disse que a discuss�o sobre a medida � a "prova" da necessidade de aprovar a reforma da Previd�ncia.

O parlamentar aproveitou a discuss�o sobre o tema para alfinetar o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro. O deputado lembrou que o cumprimento da regra para este ano pode ser assegurado com a devolu��o de R$ 180 bilh�es pelo banco ao Tesouro Nacional. Rabello, no entanto, j� mostrou resist�ncia em devolver os recursos. "Ele deve ter sido nomeado pelo presidente (dos Estados Unidos, Donald) Trump e a� n�o quer devolver", comentou Maia.

(Jo�o Paulo Nucci e Daniel Weterman)


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